Medo de calote! Traficantes usam aparelho de GPS para monitorar carregamento de maconha

Quando a gente pensa que já viu de tudo relaciona com o tráfico de drogas na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, eis que os criminosos inovam e seguem tentando uma modalidade diferente para não “perderem” suas cargas entre a origem e o destino.

Agora, a novidade do momento é o uso de tecnologia para evitar o chamado “balão”, ou seja, quando as “mulas” contratadas para o transporte da droga somem com a encomenda. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu, na noite de quarta-feira (19), na BR-463, na Base Capey, na região de fronteira, quase 200 quilos de maconha e 2 quilos de haxixe contendo um dispositivo de GPS.

A droga estava em um veículo cujo motorista tentou fugir, mas a manobra não deu certo, houve a abordagem e constatação do transporte de 179 quilos de maconha e 2 quilos de haxixe, drogas que estavam espalhadas pelo carro com os traficantes aplicando o sistema “cavalo doido” em que partem para a viagem na base do “salve-se quem puder” levando no peito o que surgir pela frente.

Em seguida, a equipe da PRF apreendeu um Fiat Palio cujo condutor fazia o trabalho de batedor. Durante a verificação da carga, os policiais rodoviários federais constataram que dispositivos de GPS estavam instalados na droga e os traficantes disseram ser uma forma de evitar que o transportador sumisse com a carga e apresentasse alguma desculpa.

Os dois homens presos disseram que as drogas foram embarcadas em Ponta Porã e seriam levadas até a cidade paulista de São José do Rio Preto. O batedor afirmou que receberia R$ 5 mil e o motorista R$ 10 mil pelo “serviço”.