A massa falida da Bigolin, uma das mais tradicionais lojas de materiais de construção de Mato Grosso do Sul, teve definida pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da Vara de Falências, Recuperações e Insolvências de Campo Grande, a empresa que ficará responsável pelo leilão dos produtos e imóveis. O magistrado também aprovou a celebração de acordos com 344 trabalhadores, que têm direito a R$ 25,8 milhões.
A venda dos bens do grupo será realizada pela Leiloeira Oficial Milena Rosa Di Giacamo Adri, localizada no Bairro Chácara Cachoeira, na Capital. O leilão deverá ocorrer ainda neste mês, considerando-se que a lei determina que deverá ser realizado seis meses após a decretação da falência, que ocorreu em agosto do ano passado.
O juiz fixou o honorário de 5% sobre o valor do bem alienado para a leiloeira. O valor será pago pelo arrematante. No despacho, o magistrado destacou que a legislação permite a nomeação de terceiros para a venda do patrimônio da massa falida. Ele também deferiu pedido do Administrador Judicial para celebrar acordos com os credores de ações trabalhistas e cíveis. No total, somente na área trabalhista, são 344 ações que somam R$ 25,820 milhões.
O advogado José Eduardo Chemin Cury, da Pradebon & Cury Advogados Associados, alegou que os acordos vão agilizar a conclusão do processo. Para José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, a medida trará efetividade, economia e celeridade para o feito falimentar. O magistrado ainda definiu o honorário a ser pago para a Administradora Judicial. A Pradebon & Cury Advogados Associados terá direito a 4% do valor da venda da massa falida.
A Bigolin teve a falência decretada pela segunda vez em agosto do ano passado. Desta vez, o grupo não conseguiu reverter no Tribunal de Justiça. A dívida é estimada em R$ 116 milhões. O principal motivo da falência foi a criação de empresa pelos sócios para receber os pagamentos feitos por meio de cartão de crédito, que foi considerado um desvio para driblar o pagamento dos credores. Fonte: O Jacaré