A popularidade do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), continua a mesma em todas as camadas da sociedade brasileira. É o que foi verificado pela DOF (Departamento de Operações de Fronteira) no sábado (9) quando prendeu Edison Henrique Gonçalves, 24 anos, e John Deivid da Silva Carvalho, 27 anos, ambos moradores de São Bernardo do Campo (SP), cidade de Lula.
Trajados com camisetas que pedem a libertação do ex-presidente, os dois foram presos com 165 quilos de maconha e 2,8 quilos de skank na MS-164, na região do Copo Sujo, próximo ao distrito de Vista Alegre, em Maracaju (MS). A dupla estava em um Onix cinza, com placa de Belo Horizonte (MG), e trafegava no sentido Ponta Porã (MS)-Vista Alegre, quando foi dada a ordem de parada pelos policiais, mas eles não respeitaram e fugiram.
Foi feito acompanhamento tático e após aproximadamente 45 quilômetros, o veículo acabou perdendo o controle e rodou na pista. Os policiais acabaram conseguindo abordar os suspeitos e encontraram a droga dentro de caixas de papelão no porta malas do veículo.
John informou aos militares que foi contratado por um homem para buscar a droga em Ponta Porã e que ganharia pelo transporte R$ 7 mil. Ele falou ainda que a droga seria levada até Três Lagoas (MS), onde seria entregue para um desconhecido que estava em um hotel.
Ele falou ainda que contratou Edilson para lhe acompanhar na viagem com a desculpa de que viriam a Ponta Porã para buscar uma doação de alimentos para uma central de trabalhadores e que para isso Edilson receberia R$ 3 mil.
Os dois foram encaminhados até a Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), onde foram autuados por desobediência e tráfico de drogas. Agora a pergunta que não quer calar: será que eles usariam a venda da droga para arrecadar fundos para a campanha de libertação de Lula?