O empresário Arnaldo Britto Moura Junior, dono da empresa 4 Rodas, acusado de ser “laranja” do deputado Marquinhos Trad nas eleições de 2014, garantiu que vai processá-lo para receber mais de R$ 244 mil referentes a uma multa por ter feito doação irregular para campanha do parlamentar em 2014, conforme relatou à Polícia Federal essa semana.Ele reclamou ainda que Marquinhos ao fazer um jantar em sua residência para reunir cabos eleitorais não pagou a macarronada nem a cozinheira bancada pelo empresário.
Ora Marquinhos, dá calote até na macarronada e na coitada da cozinheira que alimentou seus cabos eleitorais não dá né?
O caso veio à tona depois que Arnaldo denunciou Marquinhos Trad por ter repassado R$ 50 mil reais de assessores de Marquinhos na conta da empresa 4 Rodas Comércio de Peças e que em seguida emitiu um cheque no mesmo valor como doação de campanha para o deputado.
Além disso, o empresário afirmou que o CNPJ de sua empresa foi usado para adquirir linhas para fazer campanha de telemarketing ativo, o que é proibido pela Justiça Eleitoral.
“Virei caixa 2 e laranja sem nunca ter sido. Não sabia de nada fui ajudar a uma pessoa de minha confiança que trabalhava com o deputado”.
Conforme o Blog do Nélio adiante no dia 08 de Agosto, a empresa de Arnaldo foi condenada em 15 de dezembro de 2015 pela juíza da 44 Zona Eleitoral, Cíntia Xavier Letteriello Medeiros, a pagar multa no valor de R$ 244,8 mil por ter feito doação para campanha eleitoral acima do limite de 2% dos rendimentos brutos auferidos no ano de 2013. Naquele ano o faturamento da empresa foi de R$ 51,5 mil e a doação de R$ 50 mil.
Depois de ser multado, o empresário procurou assessores do deputado Marquinhos Trad para saber o que tinha ocorrido. Ele garante que não sabia da lei e do teto da doação.
Lavagem de dinheiro
A denúncia prossegue revelando o esquema montado por Marquinhos para esquentar dinheiro de doação ilícita. Como a legislação proíbe doações em dinheiro vivo e, conforme o documento, Marquinhos tinha R$ 200 mil de um doador que não poderia aparecer, pois já tinha excedido o valor legal, foram acertados diversos depósitos em contas de supostos doadores, nas quais o dinheiro caia e era sacado no mesmo dia, para o candidato conseguir o recibo e poder declarar como doação regular.
Arnaldo diz no documento que foi enganado, uma vez que foi dito a ele que a operação não acarretaria em nenhum tipo de despesa. No fim, não foi isso que aconteceu. Citado pela Justiça, o empresário procurou Marquinhos. O escritório que realizou a prestação de contas do candidato, M&C Contabilidade, chegou a pedir a declaração de imposto de renda de pessoa jurídica, mas Arnaldo acabou condenado à revelia.
O OUTRO LADO
O candidato Marquinhos Trad (PSD) afirma que a denúncia envolvendo caixa dois na campanha para deputado estadual em 2014, compra de votos e sonegação de despesas eleitorais são infundadas, não passam de perseguição política e diz estar sendo vítima de extorsão pelos envolvidos.
Matéria com colaboradores.