Justiça do Paraguai concede extradição de Jarvis Pavão para o Brasil e se livra de um enorme problema

A juíza Gricelda Caballero concedeu, ontem (24/05), a extradição do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso no Paraguai pelo crime de associação criminosa e lavagem de dinheiro, para a Justiça Federal de Porto Alegre (RS). No país vizinho, ele cumpre pena de oito anos, mas a prisão termina em dezembro deste ano e poderia ser colocado em liberdade.

O pedido de extradição foi emitido pelo juiz federal Rafael Farinatti Aymone, de Caxias do Sul (RS), que tem sob sua jurisdição um processo por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas e homicídio. Nesse processo, além Jarvis Chimenes Pavão, também estão sendo processados pela Justiça Federal outras ​44 pessoas.

“Os acusados estão associados uns com os outros, formando seis grupos para a prática do tráfico de drogas, cinco deles para o tráfego internacional e, pelo menos, durante os anos de 2009 e 2010, desenvolveu funções específicas nos grupos que fizeram parte: importados, comprado, vendido, transportados, armazenamento de cocaína em suas diversas formas”, traz o pedido da Justiça do Brasil.

Ainda de acordo com a documentação, a investigação começou em maio de 2009 e terminou em 25 de novembro de 2011 e, durante esse período, foram utilizadas diversas estratégias de investigação, como escutas telefônicas, entre outras.

“Jarvis Chimenes Pavão, estabelecido no Paraguai, ficou detido na prisão de Tacumbú, de onde comandava organização criminosa, indiretamente, através de ordens repassadas por seu ‘braço direito’ ou ‘secretário’ Alvarenza Gustavo Cardoso, ou diretamente através de comunicações telefônicas com seus subordinados, usando para mantê-los sob seu comando métodos violentos de coerção, chegando até a ordenar a morte de quem desobedeceu, como o assassinato de Paulo Sergio de Oliveira Barros (…)”, traz o relatório.