Justiça do Trabalho condena Jamilson Name por demissão de 14 funcionários de clube de poker

O deputado estadual Jamilson Name (sem partido), agora está enfrentando problemas com a Justiça do Trabalho. Ele foi condenado pela 2ª vez a indenizar atendente de salão demitida do clube de poker fechado durante a operação que levou para a cadeia o pai do parlamentar, Jamil Name, que faleceu neste ano por complicações da Covid-19, e o irmão dele, Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”.

Réu na “Operação Omertà” por lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa responsável pelo jogo do bicho e por várias execuções em Campo Grande (MS), se complica ainda mais.

Jamilson Name e os sócios enfrentaram audiência na 4ª Vara do Trabalho para discutir indenização a ser paga a 14 ex-funcionários do clube de poker. O All In Club funcionava desde 2014 e acabou encerrando as atividades abruptamente sem pagar salários, férias, FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e 13º dos funcionários. A primeira sentença foi da 3ª Vara do Trabalho e condenou o parlamentar a pagar em torno de R$ 70 mil ao trabalhador.

A 2ª condenação é do juiz Mário Luiz Bezerra Salgueiro, da 2ª Vara do Trabalho de Campo Grande. Na sentença, ele determina o pagamento dos direitos trabalhistas, férias proporcionais, salários e outros benefícios à atendente de salão Dejenane Campos Ferreira. Ela ganhava R$ 2 mil por mês e trabalhou de maio de 2017 a junho de 2019.

Outros 14 demitidos vão participar da audiência na 4ª Vara do Trabalho de Campo Grande nesta quinta-feira (11). A estimativa é de que eles têm direito ao pagamento de R$ 315,7 mil. Além do deputado, o outro alvo é o sócio Gerson Chahuan Tobji. De acordo com o advogado de Gerson, Rhiad Abdulahad, ele não tinha mais nenhuma ligação com o clube de poker.

Oficialmente fundado em 5 de agosto de 2012 sem fins lucrativos, o clube tem como atividades oficiais cantina, serviço de alimentação privativo; casas de chá, sucos e similares; diversões de jogos, Texas Holdem, jogos de xadrez, jogos de dama, jogos de ping-pong, snooker entre outros. Jamilson negou ser sócio do local, mas apenas ter sido fiador da locação do prédio. Ele nega que tenha se apresentado aos funcionários como proprietário do local. Com informações do site O Jacaré