Em mais uma prova do discurso incoerente que adotou durante toda a sua campanha a governador de Mato Grosso do Sul pelo PDT, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira voltou a se contradizer na tarde desta quarta-feira (10) ao aceitar o apoio do Diretório Regional do MDB no 2º turno das eleições. No 1º turno, o juizão chamou o partido de quadrilha nacional e afirmava que o projeto politico dos emedebistas não teria nada de semelhante com o seu.
Além de ter duas caras faz o jogo do vale tudo. Primeiro chama dos MDBistas de quadrilheiros e agora aceita o apoio de quem ele refutou no primeiro turno.
Ora Juizão, mostrou que pretende governar sem moralidade alguma. “Faça o que eu falo mas não faça o que eu faço”
“O nosso projeto político é incompatível com o MDB, que está sendo acusado no Brasil inteiro. Até recebeu o nome de quadrilha do MDB e quem diz isso é a televisão nacional. Então, efetivamente, essa mancha é lançada sobre todos os candidatos do MDB que estejam respondendo a inquéritos ou a processos por corrupção”, declarou Odilon de Oliveira em entrevista para uma rádio do Estado.
Porém, no evento de oficialização do apoio do MDB à sua candidatura, o juizão disse que se tratava de um “momento de emoção”. “O MDB tem pessoas de muito respeito”, destacou, citando como exemplo os nomes do ex-governador Wilson Barbosa Martins e do ex-senador Ramez Tebet (ambos já falecidos), que na sua avaliação “estão do lado direito de Deus por todo o bem que fizeram à sociedade, não só Mato Grosso do Sul, mas para o Brasil”.
Ainda no evento, o candidato emedebista a governador e que foi derrotado nas urnas, Junior Mochi, começou lendo breve comunicado no qual tornou pública nota em que “houve manifestação da maioria dos presentes pelo apoio” ao candidato Odilon de Oliveira, “respeitando, contudo, decisão daqueles que fizerem opção pela candidatura de Reinaldo Azambuja”.
Segundo Mochi, a “liberação” foi tomada em reunião na qual a maioria do MDB optou pelo alinhamento ao candidato do PDT ao governo. Apontamentos contrários, destacou ele, deveram-se a “peculiaridades, construções políticas e partidárias de cada local”. O deputado – que assumiu a campanha do partido ao governo após a prisão de André Puccinelli na operação Papiros de Lama – frisou, porém, que dará “apoio total” a Odilon.