O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, na sexta-feira (23), informações do Censo Demográfico de 2022 mostrando que 6,5% da população de 2 anos ou mais de idade em Mato Grosso do Sul têm algum grau de deficiência.
Ou seja, do total de 2.682.335 pessoas com 2 anos ou mais de idade que vivem no Estado, 174.859 relataram ter alguma deficiência. Diante desse percentual de 6,5%, o Estado ocupa a 21ª posição no ranking brasileiro, cujo líder é Alagoas, com 9,6%, seguido bem de perto pelo Piauí, com 9,3%.
Além disso, de acordo com a pesquisa, o município sul-mato-grossense com a maior porcentagem de pessoas com deficiência foi Paranaíba, com 11,4%, que conta com uma população de 40.113 habitantes, ou seja, 4.567 relataram algum tipo de deficiência.
Na sequência vem Cassilândia, com 10,4%, e Corguinho, com 9,8%, enquanto Campo Grande tem um percentual de 6,8%. O documento ainda mostrou uma disparidade entre os sexos, com mulheres declarando uma taxa maior de deficiência em relação aos homens.
Em Mato Grosso do Sul, cerca de 97 mil das pessoas com deficiência eram mulheres (55,8%), e mais de 77 mil pessoas eram homens (44,2%). Ainda nessa perspectiva, os municípios de Sonora, Naviraí e Aparecida do Taboado se destacaram pela maior assimetria, com uma divergência de 3,5%, 3,2% e 3,1% entre as taxas masculinas e femininas.
Esse padrão se mantém em quase todos os municípios do Estado, com exceção de 15, sendo que desses Jaraguari, Rio Negro e Japorã se destacam, com uma divergência de 2,2%, 1,7% e 1,1%.
A análise da população com deficiência por grupos etários revelou que a incidência de deficiências tende a aumentar com o envelhecimento, o que é esperado, uma vez que as limitações funcionais se tornam mais frequentes com o avanço da idade.
No Estado, entre a população com deficiência, 11,2% das pessoas tinham de 15 a 29 anos, enquanto 24,0% das pessoas sem deficiência pertenciam a esse grupo etário, evidenciando uma participação proporcionalmente maior desse último grupo.
Entre as pessoas com deficiência, 33,1% tinham de 60 a 79 anos, frente a 11,3% entre as pessoas sem deficiência. Já na faixa de 80 anos ou mais de idade, 11,9% das pessoas com deficiência estavam nessa faixa etária, em contraste com apenas 1,3% entre aquelas sem deficiência.
Em 2022, a dificuldade funcional mais prevalente foi a de enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato, atingindo mais de 96 mil pessoas. Em seguida, aparecia a dificuldade para andar ou subir degraus, mesmo com o uso de prótese ou outro aparelho de auxílio, contabilizando 62 mil pessoas, e os impedimentos relacionados à destreza manual, como pegar pequenos objetos ou abrir e fechar tampas, mesmo aparelho para o auxílio, com 33 mil pessoas.
Já para ouvir, mesmo com o uso de aparelhos auditivos, e às limitações nas funções mentais que podem impactar seja na comunicação, como nos cuidados pessoais, trabalho ou estudo, apresentaram 30 mil pessoas e mais de 32 mil pessoas, respectivamente.