Guerra na fronteira: Polícia do Paraguai apreende arsenal que iria para familiares de Pavão. Era chumbo grosso!

A Polícia Nacional do Paraguai abortou plano de um massacre em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), com a captura de dois paraguaios quando eles iriam entregar ao clã Pavão oito fuzis, três pistolas e 850 munições para matar o novo “patrão” da fronteira Sergio de Arruda Quintiliano Netto, mais conhecido como “Minotauro”.

As armas de guerra foram transportadas entre o motor e o capô de uma picape prata Nissan Frontier, com placa paraguaia HAA-542, que foi interceptada na noite de sábado (19) pela Polícia. No total, a Polícia recuperou seis rifles de calibre 7,62 mm e dois rifles de calibre 5,56 mm, além de três pistolas calibre 9 mm e 854 projéteis.

Os presos Balderi Martins, 30 anos, e Adam Esmeraldo Jara Gauto, 32 anos, entregariam as armas Jonathan Chimenes Grance, 37 anos, mais conhecido como “Cabeça”, sobrinho do narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão. Aparentemente, Cabeça queria vingar o assassinato de seu tio Francisco Chimenes, o “Chico”, ocorrido 48 horas mais cedo em Ponta Porã e ordenada por Minotauro.

Armas escondidas até no motor

As armas e munições apreendidas estavam escondidas perto do motor, conforme detalhou o comissário Víctor Rivas, diretor de Polícia de Amambay. Ele disse que os policiais estavam parados em um semáforo atrás da caminhonete que estava transportando as armas e perceberam que os ocupantes estavam de “forma inquieta e desconfiada”. Por isso, eles decidiram fazer a verificação de rotina.

Quando os dois ocupantes saíram da estrada, um dos policiais uniformizados detectou a primeira arma que estava sob o banco do motorista. Como não tinham a documentação para a posse de armas, eles decidiram levá-los para a delegacia, quando a inspeção encontrou o arsenal escondido nas cavidades do motor.

“Calculamos que eles estavam sendo transferidos do local”, disse Rivas. Os detidos foram identificados como Adam Esmeraldo Jara Gauto, que tem alternativas à prisão e uma proibição de sair do país, e Balderi Antonio Martins.

O comissário Rivas esclareceu que ambos ficaram em silêncio e não deram detalhes sobre o propósito dos fuzis. Ele também acrescentou que eles estão reforçando a equipe de trabalho com os oficiais de operações especiais e a Diretoria de Investigações.