Fernandes, cadê sua vice acusada de fraude? Ela sumiu e avisa lá que o MPE quer notifica-lá

A ex-vereadora Juliana Zorzo, candidata a vice-prefeita de Campo Grande na chapa do MDB para as eleições deste ano e ex-presidente da Fundação de Cultura da Capital (Fundac), é acusada de fraude, conforme ação ajuizada desde novembro de 2019, mas somente agora o MPE (Ministério Público Estadual) vai conseguir notificá-la graças à ajuda do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Segundo matéria publicada na edição desta quinta-feira (01) pelo jornal Correio do Estado, a candidata do MDB, do ex-governador André Puccinelli, que também é alvo de inúmeras ações na Justiça por corrupção, é acusada de fraude em licitação no período em que presida a Fundac em 2014, ainda na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte, que já foi até condenado também por corrupção.

Caso Juliana Zorzo seja condenada, pode ser submetida a uma pena de até quatro anos de prisão. Na segunda-feira (28), o MPE fez várias tentativas para encontrá-la, mas os oficiais de Justiça não tiveram êxito e o promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri recorreu ao TRE/MS para encaminhar o ofício e obter o endereço da candidata a vice-prefeita do deputado estadual Márcio Fernandes (MDB).

O MPE chegou a expedir dois mandados de citação por edital, mas não obteve sucesso. No mesmo dia em que o promotor de Justiça pedia ajuda para encontrar Juliana Zorzo, ela criticava nas redes sociais a demora da Prefeitura de Campo Grande para implantar um programa de castração de animais domésticos.

A candidata a vice-prefeita da Capital pelo MDB fraudou, conforme o MPE, uma licitação para contratar uma empresa de serviços gráficos. Ela trouxe da Câmara de Vereadores da Capital, onde exercia mandato na época, a mesma empresa gráfica que atendia o seu gabinete: a Fino Traço Comunicação Visual.

Para isso, a ex-vereadora usou servidores da Fundac e mais duas empresas participaram do esquema para simular a concorrência e “esquentar” serviços que ela já tinha solicitado à agência sem licitação. Conforme a denúncia, a Prefeitura ordenou na época o pagamento de R$ 128,5 mil à Fino Traço.