Execução de ex-chefe de segurança da Alems começa a andar na Justiça. A fila vai andar

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, agendou, para março do próximo ano, três audiências para ouvir as testemunhas de defesa e acusação sobre o processo da execução do sargento PM reformado Ilson Martins Figueiredo, que foi assassinado aos 62 anos de idade com tiros de fuzil AK 47 no dia 11 de junho de 2018 na Avenida Guaicurus, em Campo Grande (MS).

Além disso, o magistrado também deixou em aberto o interrogatório dos réus, caso eles sejam apontados. No despacho, ficou marcado para o dia 1º de março de 2021 a audiência para testemunhas arroladas na denúncia, enquanto no dia 8 de março serão ouvidas testemunhas de defesa e no dia 15 de março os acusados passam por interrogatório.

Ao todo, são sete réus no processo que trata do homicídio de ex-chefe de segurança da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) e deveriam ser ouvidos. Destes, quatro são considerados foragidos, Fahd Jamil, o filho dele, Flávio Correia Jamil Georges, Melciades Aldana e Juanil Miranda. Também são réus Jamil Name, Marcelo Rios e Jamil Name Filho, atualmente presos.

Segundo a denúncia oferecida pelo MPE (Ministério Público Estadual) em setembro deste ano, a execução aconteceu por volta das 6h30 do dia 11 de junho de 2018 na Avenida Guaicurus. A princípio, Melciades Aldana, Marcelo Rios e Juanil Miranda teriam agido a mando dos outros denunciados, matando o sargento PM reformado a tiros de fuzil calibres 762 e 556 mm.

Durante as investigações, foi apurado que o crime teria ocorrido a mando de Fahd, Flavinho, Jamil Name e Jamilzinho. Ainda foi apontado que Melciades Aldana seria homem de confiança, responsável por levantar informações das vítimas do grupo e trajeto que realizavam, para que fosse possível a emboscada.

Como motivação, o MPE apontou que teria ligação com o desaparecimento – posteriormente dado como morte – de Daniel Alvarez Georges, filho de Fahd Jamil. Ele desapareceu em maio de 2011 e após anos de investigação foram apontados como responsáveis Claudio Rodrigues de Souza, o “Meia Água”, Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o “Betão”, e Ilson Martins.

Meia Água foi assassinado a tiros em setembro de 2015, em Jandira (SP), enquanto Betão foi encontrado morto em Bela Vista (MS) em 21 de abril de 2016. Por isso, a investigação apontou para crime de vingança na morte de Ilson Martins. No dia do crime, o grupo utilizou uma Toro vermelha e uma SW4 branca.

Eles seguiram Ilson, que foi fechado e bateu em um muro. Em seguida, foi atingido pelos tiros de fuzil ainda dentro do Kia Sportage. O grupo fugiu e os veículos foram encontrados abandonados momentos depois. Com informações do site Midiamax