O ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM José Ivan de Almeida, preso ontem (26) pelo crime de extorsão, passou apenas uma noite na cela do Presídio Militar de Campo Grande e, na manhã desta quinta-feira (27), já ganhou liberdade após passar por audiência de custódia.
A partir de agora, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica. O Coronel Ivan, como é mais conhecido, foi preso em um esquema de extorsão junto do policial civil aposentado Reginaldo Freires Rodrigues.
Ele teria dito que estava recebendo pela ‘cobrança’ o valor de R$ 2 mil, mas, segundo relato do Coronel, o valor seria para pagar o condomínio onde mora, de R$ 1.500. O ex-deputado estadual já tinha participado de uma outra extorsão a vítima dias antes e uma segunda tentativa de extorsão, quando foi preso em flagrante pelo crime.
A vítima tinha câmeras na casa e acabou filmando a extorsão praticada pelo coronel e pelo policial civil Reginaldo Freitas Rodrigues, fazendo a denúncia ao Garras e Gaeco. Um terceiro envolvido já foi identificado e deve ser preso nos próximos dias. O Coronel Ivan é aposentado e recebe R$ 32 mil. Ele é apontado como braço armado do esquema de extorsão agindo com ameaças e coagindo as vítimas, que eram coagidas há pelo menos 1 ano.
Os empresários teriam feito um negócio com Patrick Issa e teria sido gerada uma dívida de R$ 80 mil. As vítimas foram cobradas, pagaram R$ 150 mil e continuaram sendo extorquidas. Atualmente, Patrick estaria cobrando mais de R$ 300 mil dos empresários, que acabaram levando o caso ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Durante a prisão do coronel, as equipes fizeram buscas na casa do militar, onde teria sido apreendido um revólver calibre 38. Na casa de Patrick também foram apreendidas armas de fogo.
Empresários foram ao Gaeco após ex-comandante da PMMS ameaçar ‘pendurar família’ em cobrança de dívida