Três brasileiros estudantes de Medicina no Paraguai foram presos pela Polícia local em uma estrada vicinal da colônia Victoriaí, próxima à cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira seca com o Brasil, acusados de queimar um veículo Fiat Uno, duas portas.
Eles foram identificados como José Ricardo Manchi, 40 anos, residente na cidade de Araçatuba (SP), Jonas Cunha de Souza, 22 anos, residente em Manaus (AM), e Roberto Gil Filho, 30 anos, residente em Cuiabá (MT), e todos estariam estudando Medicina na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.
Os supostos estudantes foram presos no momento em que abandonavam a região. Os agentes da Polícia Nacional do Paraguai, que após receber o alerta de populares de que um veículo tinha sido incendiado, realizaram buscas pelos autores até encontrar os três brasileiros próximos à Rua Toledo, em Pedro Juan Caballero.
Eles foram abordados e receberam voz de prisão e encaminhados à 6ª Delegacia de Polícia da cidade, onde os agentes comunicaram o fato aos agentes do Ministério Público, que determinou a prisão até que se verifique a situação e por que teriam levado e incendiado o veículo em território paraguaio.
Os investigadores suspeitam que o carro foi usado para perpetrar um crime no lado brasileiro e para apagar todas as provas os três suspeitos levaram o carro para o território paraguaio, onde foi incendiado. Alguns cartuchos foram encontrados no local e enviados para o laboratório de balística para serem analisados para saber de que armas foram disparados.
Já os três brasileiros manifestaram que estavam em uma festa na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero e ao sair se perderam e pegaram um caminho equivocado e tiveram problemas mecânicos com o carro, quando teria chegado dois indivíduos em uma moto que com arma em mão teria mandado os mesmos descerem e caminhar, os dois indivíduos teriam levado o veículo e, posteriormente, os policiais os teria acusado de queimar o próprio carro.
O assessor jurídico do Consulado do Brasil no Paraguai, Gustavo Villalba, disse que acompanhara o caso já que os brasileiros não têm porque estar preso, pois, no caso deles, ante à dúvida de que seriam os autores ou vítimas, devem ser tratados como vítima e os policiais devem leva-los até a sede do Consulado do Brasil no Paraguai.