Espancou, barbarizou, humilhou! “Pitboy” é condenado a 4 anos e vai curtir a vida em liberdade agora

O “Pitboy” Jhonny Celestino Holsback Belluzzo, 23 anos, foi condenado, nesta terça-feira (17), pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, a apenas quatro anos de prisão em regime aberto pelo crime de tentativa de homicídio contra Samuel Acosta Gomes, 21 anos, no dia 18 de setembro de 2016. A condenação vem depois de três anos do “valentão” ter espancado a vítima, que na época tinha 18 anos, na saída de uma festa em Campo Grande (MS).

A sessão de espancamento foi motivada pelo fato de Samuel Acosta Gomes ter urinado no carro do “Pitboy” na saída da festa que acontecia na Vila Jacy, sendo que o caso ganhou repercussão depois que vídeo da agressão foi divulgado nas redes sociais. Durante o julgamento, Jhonny contou que cometeu o crime em um momento de revolta e explicou aos jurados que ficou nervoso quando pegou na maçaneta para entrar em seu carro e percebeu que estava molhada de urina.

“Estava nervoso e nem vi que o estava fazendo. Fiquei completamente cego. Na hora eu perdi a cabeça. Quando me dei conta, a situação já tinha saído do controle”, relatou o réu, informando que perseguiu a vítima em companhia de amigos. “Corremos duas quadras e eu disse que não aguentava mais correr. Deitei no chão e cochilei. Acordei com o barulho de uma porta de carro abrindo e depois senti uma pancada na cabeça”, contou Samuel Gomes, que levou vários socos e chutes, além de sofrer um “mata leão” e desmaiar;

Nesta tarde, por maioria dos votos, o conselho de sentença determinou a condenação de Jhonny por homicídio qualificado por motivo fútil na forma tentada. A pena foi definida inicialmente em 12 anos, mas ao dar a sentença, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida precisou considerar o laudo da agressão, que apontou lesões leves na vítima, já que o crime foi “interrompido na fase inicial de execução”. Por conta isso, a pena sofreu a redução máxima garantida por lei e Jhonny foi condenado a somente quatro anos de prisão em regime aberto.

Entenda o caso

A sessão de espancamento aconteceu no dia 18 de setembro de 2016 e ganhou repercussão depois que vídeo foi divulgado nas redes sociais. Conforme consta na denúncia oferecida pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra os “bad boys”, o crime aconteceu após a vítima urinar na roda de um Fiat Pálio, que pertencia a Jhonny, e um Renault Sandero Stepway, que era de José Guilherme, na saída de um festa.

Jhonny foi avisado sobre a situação e por isso seguiu, junto com Alessandro e José Guilherme, a vítima até casa de um amigo. O jovem agredido estava chegando a pé a residência e correu quando percebeu o comboio de carros estacionados em frente ao local. Ainda assim foi alcançado e agredido por Alessandro. Logo depois, Jhonny também passou a chutar, socar e dar tapas na vítima, além de arrastar o jovem pelo asfalto. O rapaz já estava caído quando José Guilherme chegou e também passou a agredi-lo.

Mesmo após a sessão de espancamento, Jhonny deu um “mata leão” na vítima e quando o jovem já estava inconsciente continuou chutando a cabeça do rapaz. As agressões só terminaram quando pessoas que assistiam a cena de violência intervieram. No vídeo, é possível ouvir uma pessoa gritar: “não mata ele não”. A vítima foi deixada no local sem que ninguém acionasse socorro médico.

Dias depois da agressão, Jhonny, principal personagem da história, usou uma emissora de tv para pedir desculpas pela violência empregada e de forma covarde contra o jovem que teria urinado na roda do carro dele, o que não foi aceito pela vítima.