Reprovado na Coffee Break, João Rocha quer ensinar o que aos vereadores?
A cada dia que passa os fatos inusitados proporcionados pela Câmara de Vereadores de Campo Grande surpreendem a todos. Agora, a novidade da Casa de Leis é que o presidente João Rocha (PSDB) determinou que os outros 28 colegas passem por uma “Escola do Legislativo” antes do início dos trabalhos deste ano.
Pois é leitores, o vereador que foi um dos reprovados pela Operação Coffee Break, realizada pelo MPE (Ministério Público Estadual) para apurar o envolvimento no suposto esquema para cassar o então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), “O Senhor dos Buracos”, em 2014 e acabou tento 24 denunciados pelos crimes de associação criminosa e corrupção, agora quer dar aulas.
Mas a pergunta que não quer calar: o que afinal de contas o vereador João Rocha vai ensinar aos novos colegas? À imprensa ele alegou que deseja “instruir” os parlamentares antes de começarem as atividades legislativas, pois eles já estão em atividade desde o dia 1º de janeiro, quando foram empossados.
A “Escolinha do Professor João Rocha” iniciará as aulas antes do dia 15 de fevereiro, quando será a primeira sessão da Câmara de Campo Grande. As aulas têm um total de 20 horas de carga horária e as matérias que serão abordadas nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro são sobre Técnicas Legislativas e Processo Legislativo.
Já nos dias 8 e 9 de fevereiro, os vereadores terão instruções sobre Orçamento Público, Cerimonial, Empresa e Sistema Operacional da Casa. Segundo informações do Professor João Rocha, a ideia do presidente da Câmara é de auxiliar, principalmente, os 18 novos parlamentares, a maneira correta de atuar na Casa, como, por exemplo, fazer indicações, projetos de leis, aprender como funciona o rito interno, entre outras instruções.
Além de serem instruídos sobre o rito na hora da sessão ordinária, os vereadores, também vão aprender, a fundo, a programação “rígida” da Casa de Leis. Os professores que lecionarão os cursos são os responsáveis pela chefia de cada setor da Câmara. A ideia é estreitar os laços entre os servidores e mostrar como o trabalho funciona na teoria e na prática.
Bem, seria cômico se não fosse trágico. A esperança é que os alunos não levem ao pé da letra o que os “professores” vão ensinar, pois a população já viu o que a antiga turma fez por Campo Grande nos anos anteriores.