Envolvidos com jogo do bicho na Capital serão ouvidos pela Justiça no fim de 2023. Quanta rapidez!

O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, marcou para o período de 30 de outubro a 13 de dezembro de 2023 as audiências de instrução e julgamento da última fase da “Operação Omertà”, chamada de “Arca de Noé”, deflagrada no dia 2 de dezembro de 2020 para prender os envolvidos com o jogo do bicho na Capital.

Ao todo, foram marcadas 15 datas para as oitivas de testemunhas e interrogatórios dos réus, sendo que a decisão coloca data a data quais testemunhas de acusação, de defesa e réus serão ouvidos. As audiências começam às 8h30. O magistrado pontuou que a denúncia envolve, além dos crimes de organização criminosa armada e lavagem de dinheiro, a exploração do jogo do bicho.

Na denúncia foram apontadas lideranças do esquema do jogo do bicho, além do ‘braço financeiro’. Outros denunciados, segundo o juiz, ocupariam em tese funções de apoio na estrutura da suposta organização criminosa, executando tarefas como ‘gerentes do jogo do bicho’, organizando a contravenção e misturando os valores da exploração criminosa com a venda de títulos de capitalização.

O magistrado decidiu por rejeitar as preliminares de inépcia da denúncia, “porquanto entendo que as condutas estão devidamente descritas pelo Ministério Público”. As defesas de 13 réus alegaram ausência de justa causa em relação aos crimes de integrar organização criminosa armada e lavagem de dinheiro.

Para o juiz, foram apontados os indícios da existência de uma suposta organização criminosa armada, da possível divisão de funções – ainda que informal – também a estrutura capaz de realizar a lavagem de dinheiro por meio da exploração do jogo do bicho. Assim, foi rejeitada a preliminar de ausência de justa causa. Um dos réus pediu a suspensão do processo, que também foi rejeitada. Outros réus requereram a absolvição sumária, que também não foi aceita.

A denúncia inicial feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foi recebida em 15 de janeiro, na 1º Vara Criminal de Campo Grande. Assim, 15 se tornaram réus, sendo eles Jamil Name, Jamil Name Filho, Jamilson Lopes Name, Darlene Luiza Borges, Augustinho Barbosa Gomes, Cícero Balbino, José Ney Martins, Leonir Pereira de Souza, Marcilene de Lima Ferreira, Paulo Sérgio Paes de Lira, Raymundo Nery de Oliveira, Renato de Lima Fontalva, Ricardo Alexandre Cáceres Gonçalves e Tatiana Freitas.

Houve aditamento da denúncia, sobre Manoel Luiz Borges, irmão de Darlene Luiza. Com isso, totalizam 16 réus no processo que trata da exploração do jogo do bicho na Capital e cidade do interior de Mato Grosso do Sul. Cláudio Rosa de Moraes também era investigado e foi denunciado, mas acabou morrendo de coronavírus enquanto preso. Jamil Name também faleceu em decorrência da mesma doença. Com informações do site Midiamax