É muito rolo! Jamilzinho teme reviravolta e recorre ao TJ para excluir testemunha na morte de PM

Preso desde o dia 27 de setembro de 2019, o empresário campo-grandense Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, ingressou com habeas corpus no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para excluir o depoimento da “testemunha secreta” da ação penal sobre a execução do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, o sargento PM Ilson Martins Figueiredo.

No entender da defesa de Jamilzinho, as revelações podem causar uma reviravolta no julgamento, com a absolvição de Fahd Jamil Georges, mais conhecido como “Rei da Fronteira”, e condenação apenas do herdeiro de Jamil Name, que faleceu no ano passado após complicações da Covid-19 quando estava preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O pedido de liminar para suspender o processo até a análise do mérito do pedido foi negado pelo juiz Waldir Marques, relator da Operação Omertà na 2ª Câmara Criminal do TJMS. Ele pontuou que não há risco de grave dano à ampla defesa de Jamilzinho, mas o mérito do habeas corpus ainda será analisado pela turma.

O advogado Luiz Gustavo Battaglin insistiu, também, no depoimento do escrivão do Garras, William Alvarenga Melgarejo, sobre o vazamento do depoimento sigiloso feito em abril de 2020. O documento, sem assinatura da cozinheira da família Name, foi encontrado na casa de Flávio Jamil Georges, o “Flavinho”, filho de Fahd Jamil, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da 2ª fase da Operação Omertà.

O pedido foi negado pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que ainda negou o pedido para retirar do processo os dois depoimentos da cozinheira, a testemunha considerada peça-chave no caso. Agora, a defesa espera conseguir o desentranhamento do depoimento, que teve repercussão nacional ao ser publicado pela revista Piauí, do Uol.

Na versão da cozinheira, Jamil Name e Jamilzinho teriam matado Daniel Alvarez Georges, filho de Fahd Jamil, após ele ameaçar retomar o jogo do bicho em Campo Grande. A execução do ex-segurança da Assembleia Legislativa fazia parte da estratégia, conforme a versão da testemunha secreta, de queimar arquivo. Outros envolvidos no sumiço do filho de Fahd Jamil, como José Alberto Aparecido Nogueira, o “Betão”, também teriam sido executados pela milícia controlada por Jamil Name e Jamilzinho.

O advogado de defesa alertou que o depoimento impacta diretamente na estratégia da defesa. Conforme o Gaeco, Fahd Jamil teria pedido ajuda do compadre Jamil Name para vingar a morte do filho e matar o chefe de segurança da Assembleia Legislativa. Na versão oficial, os dois acusados de chefiar organizações criminosas seriam amigos.

Enquanto os réus discutem detalhes na segunda instância, o juiz Aluizio Pereira dos Santos já está com todas as alegações finais e deve publicar a sentença de pronúncia, se levará ou não os réus a júri popular. Fonte: O Jacaré

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