Desespero! Paraguai expande proposta de comércio nas cidades de fronteira em busca de soluções

Em reunião na sede do Ministério das Relações Exteriores, o vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do Paraguai, Didier Olmedo, e o embaixador do Brasil no país vezinho, Flavio Damico, discutiram sobre a proposta paraguaia de retomada do comércio nas cidades que fazem fronteira com os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.

As restrições de movimento impostas pela pandemia de novo coronavírus (Covid-19) exigem a adoção de novas alternativas de troca comercial que possibilitem a aplicação de medidas nacionais para a reativação econômica das cidades fronteiriças. As opções propostas trarão efeitos benéficos em ambos os países, além das atividades comerciais (acomodação, consumo, transporte, entre outras).

Cabe lembrar que na “Declaração dos Presidentes do Mercosul sobre coordenação regional para a contenção e mitigação do coronavírus e seu impacto”, emitida em 18 de março, “foi incorporada a vontade de levar em consideração as características específicas das comunidades residentes nas áreas fronteiriças, no processo de projetar e executar medidas aplicáveis à circulação de bens, serviços e pessoas, a fim de reduzir seu impacto nessas comunidades”.

Devido às restrições impostas à circulação de fronteiras, a abordagem apresentada até o momento utiliza elementos de comércio eletrônico e remessas expressas (entrega transfronteiriça), bem como disposições para o estrito cumprimento dos protocolos de saúde. Dada a urgência de estabelecer mecanismos de reativação de fronteiras, foi proposta uma estratégia de duas velocidades (imediata e médio prazo), priorizando ações de natureza administrativa ou sob a proteção de medidas já em vigor.

Essa mesma gestão será realizada pelo embaixador do Brasil, Juan Ángel Delgadillo, e o escopo de negociação sobre o assunto seria a Comissão de Monitoramento do Comércio Bilateral. Na reunião, o vice-ministro Olmedo foi acompanhado pelo diretor-geral de Política Econômica, embaixador Raúl Cano, e pelo diretor de comércio exterior e investimentos, conselheiro Manuel Ruiz Díaz.