Apesar de estarem afastados dos cargos e proibidos de frequentar o prédio do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) desde 24 de outubro do ano passado por suspeita de venda de sentenças judiciais, os desembargadores Alexandre Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva continuam recebendo mensalmente os supersalários de até R$ 207,5 mil.
Conforme o site O Jacaré, no dia 15 deste mês, Sideni Pimentel antecipou a aposentadoria em um ano e meio e, no período de um ano afastado do cargo no TJMS, recebeu R$ 1,6 milhão entre outubro do ano passado e setembro deste ano, o que dá, em média, R$ 134 mil por mês.
Contudo, não foi o único a manter os supersalários mesmo afastado da função. De acordo com o Portal da Transparência, Marcos José de Brito Rodrigues recebeu R$ 1,6 milhão nos últimos 12 meses, com valor médio de R$ 135,8 mil por mês. O valor inclui R$ 819,9 mil em salários e gratificações, que inclui deduções referentes ao Imposto de Renda e previdência Social.
O desembargador recebeu R$ 810,8 mil de gratificação acúmulo de acervo retroativo, que é considerada verba indenizatória e é paga sem qualquer desconto. O maior valor pago a Marcão, como é conhecido, foi no mês de novembro, com créditos totais de R$ 207,5 mil e inclui o 13º salário. Em dezembro, ele ganhou R$ 187,5 mil, no qual está incluso R$ 100 mil de gratificação, valor líquido e sem reduções.
O desembargador Vladimir Abreu da Silva teve créditos totais de R$ 1,620 milhão de outubro do ano passado a setembro deste ano. Foram R$ 819,9 mil de subsídios – esse valor ainda teve desconto de IR e previdência. A verba indenizatória livre de descontos somou R$ 730,5 mil, enquanto o adicional por tempo de serviço somou R$ 80,2 mil (com deduções obrigatórias).
O maior valor pago a Abreu foi também em novembro, com a inclusão do abono natalino, que somou R$ 205,9 mil. Em dezembro, ele teve ganhos de R$ 186,7 mil, sendo R$ 127,8 mil de gratificação por acúmulo de processo retroativo.
Caçula entre os quatro afastados, o desembargador Alexandre Bastos recebeu R$ 1,064 milhão nos últimos 12 meses. Foram R$ 666,3 mil em salários e gratificações. Já a gratificação por acúmulo de processo retroativo somou apenas R$ 397,8 mil porque não houve o pagamento entre os meses de janeiro e junho deste ano.
O maior montante pago a Bastos também foi em novembro, quando também houve o depósito do 13º, no valor de R$ 193,6 mil. Em dezembro, quando apenas a verba in