Crime contra policiais aumenta e são presos os dois vagabundos que mataram em tentativa de assalto

Os crimes contra policiais civis em Campo Grande (MS) neste ano estão em alta e, depois que o vigia noturno Ozeias Silveira de Morais, 45 anos, matou a tiros no dia 9 de junho os policiais civis Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos, no fim da tarde de ontem (20) foi assassinado, durante uma tentativa frustrada de assalto, o também policial civil Joel Benites da Silva, 53 anos.

Felizmente, a exemplo do primeiro caso em que o autor do homicídio foi morto ao resistir à prisão, no crime de ontem os dois bandidos envolvidos no foram presos minutos após o crime. A fatalidade aconteceu na Rua Tupi, esquina com a Rua Potiguaras, no Bairro Jardim Leblon, quando o policial civil Joel Silva chegava na casa da filha e foi abordado pelos dois assaltantes, que dispararam contra ele seis tiros e pelo menos quatro o atingiram.

A vítima chegou a ser socorrida e levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon, mas não resistiu e faleceu. Conforme o Corpo de Bombeiros, os disparos atingiram Joel Silva na região do tórax ao reagir a tentativa de assalto. Ele também atirou contra os dois homens, que foram presos depois. A ação dos criminosos, na frente da casa da filha da vítima, foi registrada por câmeras de segurança.

Segundo a Polícia, Joel Silva já tinha escapado da morte em 2017, quando Claudinei de Brito Fernandes Lopes tentou matar ele e um colega, mas fracassou e acabou preso e condenado em maio do ano passado a 2 anos e 4 meses de reclusão em regime aberto. O fato aconteceu no dia 16 de outubro de 2017, Joel Silva e o colega estavam em direção do Bairro Portal Caiobá para cumprir mandado de prisão e sabiam que o alvo usava um veículo VW Gol.

No caminho, segundo relatos dos policiais, o carro em questão passou pela viatura e os policiais deram ordem de parada e tentaram abordagem, mas Claudinei Lopes acelerou e tentou fugir. Em determinado momento, o condutor do Gol teria feito retorno e atirado contra os investigadores, que revidaram e não se feriram. O foragido só parou ao perder o controle da direção e bater em uma árvore no fim da Avenida Nova América. Naquele dia, o homem conseguiu fugir a pé.

O alvo dos policiais se defendeu da acusação de tentativa de homicídio, dizendo que não estava armado e que por isso, não atirou contra os policiais. Argumentou que fugiu por medo de morrer. Foi a palavra dele contra a dos dois policiais. Depois de sentenciado, Claudinei Lopes recorreu da decisão, mas em 29 de agosto do ano passado, desembargadores da 1ª Câmara Criminal, por unanimidade, mantiveram a condenação.