O brasileiro contrabandista de cigarro do Paraguai para o Brasil, Fábio Costa, mais conhecido como “Pingo”, pai do adolescente João Víctor Richena Costa, 17 anos, que foi executado por pistoleiros no dia 26 de julho no condomínio de luxo “7 Saltos”, em Salto Del Guairá, denunciou que os policiais que investigam o crime lhe roubaram R$ 100 mil e uma pistola.
A “desapropriação”, segundo a denúncia, teria ocorrido minutos após a execução do seu filho pelos primeiros policiais que chegaram ao local. O dinheiro estava em uma caixa de papelão que estava na caminhonete conduzida pelo adolescente, que desapareceu após a intervenção da Polícia, bem como uma pistola Glock 9 mm e um celular IPhone.
A queixa foi apresentada ao promotor de Justiça Vicente Rodriguez, que, como primeira medida, autorizou buscas na casa do vice-comissário Jorge Antunez, chefe da delegacia de Polícia do Bairro “Karen Luana”, que foi o primeiro a chegar ao local.
O agente do Ministério Público disse que tem imagens que corroboram que a patrulha de Antúnez era de fato a que estava no local, antes de tudo, seguida por um veículo com membros do Departamento de Investigação.
Ele também informou que na casa do policial nenhuma evidência relacionada à queixa foi encontrada. Jorge Ramírez, advogado do policial, expressou sua surpresa com a rapidez com que o Ministério Público agiu contra seu cliente.
Ele questionou que o promotor Rodriguez deu como válida a denúncia de uma pessoa que nem apresentou carteira de identidade e cuja atividade na cidade ninguém sabe ao certo.
Por outro lado, o próprio Fabio Costa esclareceu que estava dirigindo o veículo em que seu filho foi morto e alegou que o “alvo” dos assassinos seria ele. Ainda de acordo com o contrabandista de cigarro, ele conseguiu escapar da execução por milagre e que seu filho mais novo estava no banco do passageiro, recebendo todos os tiros e morreu quase que de imediato.