Com ligação muito próxima ao submundo da jogatina, investigação do caso Ronaldinho se intensifica

O caso do ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho, preso desde o dia 6 de março no Paraguai junto com o irmão Roberto Assis – 32 dias no presídio e agora em um hotel luxuoso depois que pagaram uma fiança de R$ 8 milhões para cumprir o resto do período de forma domiciliar –, ganhou novos desdobramentos no país vizinho.

O Ministério Público do Paraguai teria “aberto os olhos” depois da denúncia de que os irmãos Assis teriam ligações com o submundo da jogatina no Brasil e estariam planejando ampliar as ramificações para o país vizinho. A princípio, Ronaldinho e Roberto teriam ido ao Paraguai para participaria de eventos ao lado da paraguaia Dalia López, empresária que intermediou a produção dos passaportes falsos para os dois irmãos e atualmente encontra-se foragida da Justiça.

Porém, graças aos documentos divulgados em matéria exclusiva feita pelo Jornal de Brasília no dia 28 de abril intitulada “Ligações perigosas de Ronaldinho Gaúcho no submundo da jogatina” fez com que o Governo do Paraguai ir mais a fundo no caso. Na ocasião, o JBr apurou que uma das pistas para compreender a polêmica viagem pode estar na relação do jogador com integrantes do jogo clandestino no Brasil, incluindo Carlinhos Cachoeira, em Goiânia (GO).

Acostumado aos holofotes dentro e fora dos campos, Ronaldinho Gaúcho aventurou-se em jogadas arriscadas e ilegais ao se utilizar de um de seus imóveis, um prédio no Bairro de Ipanema, na cidade de Porto Alegre (RS), para fomentar o jogo ilegal na cidade gaúcha. O local foi o elo de aproximação do ex-camisa 10 com empresários da jogatina brasileira, que o transformaram em garoto propaganda do jogo de azar no Brasil.

Ronaldinho também é embaixador do Turismo no Governo Bolsonaro, mas são os famosos bicheiros que utilizam do nome do ex-craque para expandir os negócios clandestinos a outros países. Vale lembrar que durante a prisão do brasileiro no Paraguai, desde o dia 4 de março, uma luz amarela foi acesa no Palácio do Planalto.

O então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que recentemente deixou o Governo em meio à polêmica, chegou até mesmo a ligar para autoridades paraguaias para entender a real situação do brasileiro diante do escândalo no país vizinho.

Dois documentos obtidos pelo Jornal de Brasília, um registrado em cartório e outro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, mostram que Ronaldo de Assis Moreira, famoso pelo apelido de Ronaldinho Gaúcho, está registrado como sendo o responsável pelo local onde acontece a atuação ilegal de uma empresa chamada de Winpoker, que funciona clandestinamente na capital gaúcha.