Após ganhar as ruas várias reportagens sobre acusação de fraude em licitação no período em que presidia a Fundac (Fundação de Cultura de Campo Grande) em 2014 na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte, finalmente a ex-vereadora Juliana Zorzo, candidata a vice-prefeita da Capital na chapa do MDB para as eleições deste ano, foi considerada notificada pelo MPE (Ministério Público Estadual), que ajuizou ação em novembro de 2019 e até hoje não tinha conseguido encontrá-la.
Segundo matéria publicada na edição deste sábado (03) pelo jornal Correio do Estado, depois de 11 meses, a candidata do MDB teria procurado “espontaneamente” a Justiça para receber a notificação. Até o caso vir a público, a Justiça já tinha feito pelo menos três tentativas de encontrar Juliana Zorzo, que é candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada pelo deputado federal Márcio Fernandes (MDB) à Prefeitura da Capital, sendo uma por oficial de Justiça e outras duas por edital.
Como não tinha sido encontrada, ela estava sendo processada à revelia e, após o caso tornar-se público, a candidata informou, por meio de sua assessoria, que não tinha sido localizada pela Justiça em razão de o endereço da notificação ser errado. A verdade é que o promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri teve de recorrer ao TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) para encaminhar o ofício e obter o endereço da candidata a vice-prefeita.
Agora, caso Juliana Zorzo seja condenada, pode ser submetida a uma pena de até quatro anos de prisão. A candidata a vice-prefeita da Capital pelo MDB teria fraudado, conforme o MPE, uma licitação para contratar uma empresa de serviços gráficos. Ela trouxe da Câmara de Vereadores da Capital, onde exercia mandato na época, a mesma empresa gráfica que atendia o seu gabinete: a Fino Traço Comunicação Visual.
Para isso, a ex-vereadora usou servidores da Fundac e mais duas empresas participaram do esquema para simular a concorrência e “esquentar” serviços que ela já tinha solicitado à agência sem licitação. Conforme a denúncia, a Prefeitura ordenou na época o pagamento de R$ 128,5 mil à Fino Traço.
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