O deputado estadual Beto Pereira (PSDB) já é novo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em substituição ao colega Junior Mochi (PMDB), cuja a cabeça foi cortada e está no cesto do governador Reinaldo Azambuja.
Fontes próximos a Beto Pereira confirmaram ao Blog do Nélio que o parlamentar já tem os votos suficientes para derrotar Mochi em uma eventual eleição pelo comando da Casa de Leis, caso o atual mandatário resolva enfrentar o pupilo do governador.
No entanto, para não ficar feio para Junior Mochi, o governador vai convidá-lo para uma reunião particular e dirá, olhos nos olhos, ou ele desiste da disputa e reconhece a vitória de Beto Pereira, ou vai constatar nas urnas o que todo mundo já sabe.
Nesta quinta-feira (24/11), o PSDB definiu o nome do deputado estadual Beto Pereira como candidato à presidência da Assembleia Legislativa. Até então, somente Mochi havia confirmado sua intenção de disputar à reeleição.
Além de seu próprio partido, o presidente já tinha conseguido apoio do PT e PDT, mas, ontem (23/11), Beto comunicou que o governador deu o aval para que ele disputasse o cargo, mas, o objetivo maior, é o consenso. Por isso, Reinaldo deve convencer Mochi a largar o osso para não passar vergonha em uma eventual eleição.
Em queda
À frente da Presidência da Assembleia Legislativa, Junior Mochi só acumulou problemas e escândalos, que colocaram em xeque a credibilidade da Casa de Leis junto à opinião pública.
Os problemas mais recentes estão o imbróglio que foi a realização do primeiro concurso público para contratar servidores para a Assembleia Legislativa, que enfrentou até recomendação do MPE (Ministério Público Estadual), e a divulgação do áudio em que o deputado Paulo Corrêa ensina o colega Felipe Orro a fraudar a folha de ponto.
Agora, por último, o MPF (Ministério Público Federal) recebeu um pedido de abertura de inquérito para investigar o fato de o deputado Maurício Picarelli acumular a função de parlamentar e a direção da TV Interativa. Tal prática é proibida pela Constituição Federal e pode resultar em cassação do mandato do “nobre” deputado.
Além disso, a falta de transparência de Junior Mochi em outras questões envolvendo a Assembleia Legislativa, como a existência de funcionários fantasmas, acabaram por minar a sua fraca gestão.