O sistema carcerário de Mato Grosso do Sul conta atualmente com 23 mil detentos alocados em 42 unidades prisionais distribuídas pelos regimes fechado, semiaberto e aberto, conforme dados da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária), que é o órgão responsável por gerenciar as unidades penais.
De acordo com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a custódia desses 23 mil detentos custa R$ 500 milhões por ano aos cofres públicos de Mato Grosso do Sul.
“Nós experimentamos a dor da eficiência na Justiça: são 23 mil presos, que custam anualmente meio bilhão de reais e isso traz um impacto, mas o Governo Federal tem nos atendido com a construção de três novas unidades e com a destinação de viaturas para a Polícia Penal”, disse.
Ele ainda destacou que mais de 530 toneladas de droga foram apreendidas pelas forças de segurança neste ano em Mato Grosso do Sul, sendo que só os presos do tráfico de drogas custam R$ 230 milhões anuais ao Estado.
O governador Eduardo Riedel já cobrou da União apoio ou uma solução para equilibrar os custos do Estado com presos do tráfico de drogas, que representam 40% do seu sistema prisional.
“Quero chamar a atenção em relação a PEC (Segurança Pública) sobre o nosso sistema prisional, onde temos 23 mil presos, sendo 40% do tráfico de drogas, pois temos fronteira com dois países e divisa com cinco estados. É de longe o Estado com a maior população carcerária por 100 mil habitantes, com 750 por 100 mil (habitantes), sendo que a média brasileira é de 350”, afirmou.
O chefe do Executivo estadual enfatizou que o objetivo da PEC é equilibrar o financiamento da população carcerária, que atualmente está integralmente nas costas do Estado. Por fim, destacou que agora é uma grande oportunidade para colocar a questão do sistema prisional em pauta em função da PEC da Segurança Pública.