Há seis meses um novo-chefe fez um levantamento que implicou pesado o ex comandante, tanto, que a condenação do mesmo é dada como certa em uma ação de improbidade por causa de superfaturamentos milionários.
A missão de dar o troco sobrou para um ex-escudeiro da gestão anterior, que havia pulado do barco em boa hora, por isso hoje ocupa uma posição estratégica, de onde tem poder de construir e monitorar importantes casos.
Missão dada, missão cumprida. Era para dar só um susto na torre. Porém o escudeiro errou na mão, avançou muito os peões e abriu demais o jogo, deixando a perigo inclusive o bispo, que tem muitos interesses e “amigos” naquele canto do tabuleiro.
As jogadas do escudeiro encurralaram tanto a torre, que abriram um caminho pavimentado direto para o bispo. E por isso ele anda numa evidente “sem-graceira”. Como é que os compadres enceram agora essa partida?
Se o bispo não cair, será uma mostra definitiva da desvirtuação de uma força tida como séria, mas que anda fraca das pernas. Se o bispo cair, o compadre escudeiro perde o apoio que precisava para conseguir melhorar sua cadeira, pois o rei não está satisfeito com os buracos que deixaram no campo que ele acabou de conquistar.
Enquanto isso, continuamos achando que quem faz o bem não olha a quem, e que pau que bate em Chico, também bate em Francisco. Mas na verdade tudo é um jogo de faz de contas e de proteção de poderosos interesses, pois aspirações políticas e pessoais estão acima de tudo, mesmo onde não deveria.