Chá de sumiço: Justiça não consegue notificar ex-vereador envolvido na Operação Omertà

A 1ª Vara Criminal em Campo Grande ainda está à procura do ex-vereador Ademir Santana Delmondes (PSDB) para notificá-lo da 4ª fase Operação Omertá. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) procurou pelo ex-vereador na casa da ex-esposa, no Jardim Bonança, para ser notificado a responder as acusações e ela informou não saber onde o réu está.

O “novo” endereço informado pelo Gaeco fica no Bairro Caiobá, onde o ex-vereador tem uma chácara. O lugar foi alvo de buscas na operação “Snow Ball”, quando foram cumpridos mandados contra investigados de fazer parte de organização especializada em agiotagem e extorsão.

Agora, com o endereço correto do réu, o oficial de Justiça vai levar o mandado de citação da denúncia até a casa de Ademir Delmondes. Depois de receber, ele terá 10 dias para apresentar a defesa prévia na ação.

OUTRAS TENTATIVAS

ele estaria envolvido em crimes de extorsão armada, agiotagem e lavagem de dinheiro atribuídos a integrantes da organização criminosa alvo da investigação feita em conjunto com o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Ademir Santana fazia parte do esquema e chegou a transportar vítimas de cobranças de dívidas com a quadrilha para local onde foram ameaçadas sob mira de armas de fogo, na casa do empresário Jamil Name, que está preso desde 27 de setembro de 2019 na 1ª fase da Operação Omertà juntamente com o filho Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”.

O Garras, responsável pelo inquérito, chegou a pedir a prisão do vereador, como reflexo do trabalho policial iniciado a partir do depoimento do empresário José Carlos de Souza, antigo proprietário de casa onde foi apreendido arsenal bélico atribuído à quadrilha chefiada pelos Name. A ordem foi negada pelo juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, titular da 2ª Vara Criminal.

No despacho, o magistrado diz que por ora não via elementos para essa providência, mas ressaltou que isso não quer dizer não existirem indícios de envolvimento de Ademir Santana no caso. Eleito em 2016, Ademir Santana Delmondes foi motorista de Jamil Name, como destaca a decisão autorizando busca e apreensão. Também tinha cargo de direção na empresa de títulos de capitalização pertencente à família.

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