Como o Blog do Nélio já tinha adiantado na noite de ontem (13), o MDB teve de recorrer ao 2º escalão para definir o nome do candidato da legenda ao Governo do Estado nas eleições deste ano, já que a senadora Simone Tebet desistiu de disputar o cargo e o TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) manteve a prisão do ex-governador André Puccinelli.
No fim da tarde de hoje (14), o MDB anunciou o nome do deputado estadual Junior Mochi, presidente da Assembleia Legislativa, como candidato a governador pela sigla. A definição veio após reunião de duas horas entre lideranças do partido às vésperas do início da campanha eleitoral.
“Temos uma árdua campanha pela frente. Coube a mim nesse momento enfrentar esse desafio, que é o maior da minha vida política. Com certeza tenho apoio e por unanimidade, em uma decisão coletiva, assumimos o compromisso com as ações a serem desenvolvidas nos próximos 45 dias. Faremos uma campanha propositiva, mostrando alternativas para um MS maior e mais forte”, disse.
Além de Mochi, os outros nomes do 2º escalão cotados para irem para o sacrifício eram o do ex-secretário estadual de Fazenda no governo do PT e ex-prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, que também já se lançou na disputa por uma vaga de deputado estadual, do deputado estadual Márcio Fernandes, outro que tenta a reeleição, e da professora universitária Zélia Nolasco, da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que é candidata à deputada federal.
Na prática, a decisão do MDB nada mais é do que juntar os cacos que sobraram da sigla depois da prisão do ex-governador André Puccinelli e uma forma de dar sustentação para os candidatos da legenda aos cargos de deputados estaduais e federais tenham alguma chance.
A verdade é que o partido sai como o grande derrotado do pleito deste ano mesmo antes de a eleição ser realizada. Agora, resta saber o que vai sobrar do MDB depois do dia 7 de outubro deste ano e só tempo dará essa resposta para o que antes era a maior e mais poderosa sigla de Mato Grosso do Sul.