Casa da professora morta com tiros nas costas vira “mistério”. Namorado aparece e fala sobre caso

Sem ter o nome revelado pela Polícia Civil, o namorado da professora Anderci da Silva, de 44 anos, que morreu no fim de semana depois de ficar um mês internada no hospital da Cassems onde foi abandonada no dia 22 de fevereiro após levar um tiro de arma de fogo, apresentou-se às autoridades policiais e prestou depoimento.

Segundo o site Campo Grande News, a Polícia Civil trata o caso ainda como tentativa de homicídio. O rapaz estava com ela no momento em que foi ferida, mas a defesa dele afirma que é inocente, sem dar detalhes. A Polícia Civil também não deu informações significativas sobre o caso.

O advogado Jean Carlos Cabreira garante que o rapaz foi ouvido como testemunha porque oficialmente ele ainda não é tratado como suspeito. Sem detalhar muito, ele afirmou que o casal estava junto há seis meses, morando na mesma casa. Na data do crime, diz o defensor, o rapaz estava com a mulher.

Ainda assim, nega envolvimento dele com o tiro que atingiu Anderci da Silva. “Ele apresentou diversas provas, inclusive o carro dela, onde ela estava e foi alvejada e se apresentou quando ainda nem havia sido instaurado inquérito porque estavam aguardando as investigações do GOI (Grupo de Operações e Investigações)”, declarou ao site.

“A Polícia, inclusive, já trabalhava em uma 2° linha investigativa, afastando o meu cliente da situação de acusado, o que foi confirmado com o depoimento dele e com as provas apresentadas”, disse Jean Cabreira.

Conforme o boletim de ocorrência, o relacionamento do casal era bem conturbado. O caso foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia Civil, porém será investigado pela 2ª DP. Anderci morreu na noite de domingo (21), quase um mês depois de ser deixada na porta do Hospital da Cassems em Campo Grande.

O veículo onde ela estava quando levou o tiro chegou a ser apreendido pela polícia. Quatro dias após o crime, uma das filhas de Anderci procurou à Polícia Civil e informou que a mãe era concursada em Dourados, mas passou a morar na Capital com o namorado, em agosto do ano passado.

Desde a mudança, a filha tinha dificuldades de manter contato com a mãe e a última vez que as duas teriam se falado foi em dezembro. Segundo ela, o namorado da professora era usuário de drogas. Anderci possuía um veículo Voyage, prata, que não havia sido localizado até o dia 27 de fevereiro, data em que a família foi até à delegacia.

Baleada na lombar, nas primeiras diligências a polícia chegou ao local do fato, uma rua próxima na região do Bairro São Francisco. O tiro teria sido disparado de fora do veículo, levantando suspeita sobre uma terceira pessoa.