Segundo os estudantes, há falta de fornecimento de produtos para os laboratórios e de materiais, além de salas de aula inadequadas para o aprendizado. Atualmente, ultrapassa de 200 o número de alunos por período e, em razão disso, as salas ficam superlotadas.
Os estudantes relatam, ainda, carência no número de docentes, incompatível com a quantidade de estudantes e demanda do curso. Conforme eles, a universidade não está fornecendo condições adequada para a formação de novos médicos, enquanto continua cobrando mensalidades exorbitantes, sendo a segunda mais cara do país.
Os acadêmicos reclamam de cobranças injustificadas, dizendo haver, inclusive, diferenciação de valores cobrados dos acadêmicos. Desse modo, eles pedem por revisão e ajuste para um valor mais justo, considerando principalmente a estrutura abandonada da universidade, incompatível com os valores pagos.
Os alunos beneficiados com o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) reclamam estar recebendo cobranças indevidas, valores não reconhecidos por eles. Conforme os estudantes, atualmente não há sequer disponibilização de sabonete para higienização das mãos nos banheiros.
Muitas portas dos sanitários não contêm fechaduras, nem lixeira em todas as cabines, além da limpeza do ambiente não ser regular, deixando o espaço insalubre. Quanto à estrutura dos laboratórios de anatomia e histologia, é pedido maior fornecimento de peças como lâminas melhores e em maior quantidade.
Os alunos também pedem por espaços como salas adequadas para estudo. Há falta de materiais básicos para o estudo, entre eles canetas com cores variadas para estudo, necessárias para representações imagéticas em todas as salas. Além de projetores e rede Wi-Fi que funcione.
Posicionamento da universidade
Por meio de nota, a Uniderp informou que cumpre a Lei Federal n° 9.870/99, que regulamenta o reajuste anual das mensalidades escolares considerando as variações de custo de suas operações escolares. Ressaltou também que o valor da mensalidade escolar para o aluno ingressante em 2022 se mantém em patamar muito similar ao cobrado para o ingressante em 2017 para o curso de Medicina.
Referente ao FIES, a situação foi decidida em juízo, comprovando que a Uniderp cumpre a legislação estabelecida pelo Governo Federal e cobra adequadamente os valores previstos. No entanto, a instituição está à disposição para discutir individualmente cada caso. Com relação às questões estruturais, a instituição esclareceu que oferece todo o suporte necessário e que já reviu seus procedimentos internos para resguardar que sempre haja insumos para a execução das práticas.
A Uniderp informou ainda que está realizando diversas obras de expansão e modernização na estrutura, com a entrega prevista para 15/04/2022. Reforçou que a sua operação cumpre a legislação pertinente, inclusive com relação à oferta de vagas no curso de Medicina. Dessa forma, sua estrutura, disponibilização de docentes e divisão dos grupos atendem as premissas acadêmicas para entrega de ensino de qualidade.
A quantidade de alunos admitidos segue autorização do Ministério da Educação, acrescida de vagas remanescentes de alunos desistentes ou transferidos no decorrer do curso. Por fim, a Uniderp ressaltou que os alunos não procuraram a unidade com as reivindicações, a instituição se mantém aberta ao diálogo com o corpo discente e tem o compromisso assumido de manter a melhoria contínua da universidade, que conta com uma das maiores estruturas do Estado.
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