Capitão blá-blá-blá recebe apoio de clube de tiro que está na mira da Polícia Federal. Vai vendo!

Diga-me com quem andas, que te direi quem tu és! Após receber o apoio das velhas raposas da política sul-mato-grossense enroladas até o pescoço com todo o tipo de ilícitos – André Puccinelli (MDB), Marquinhos Trad (PSD), Rose Modesto (sem partido) e Gilmar Olarte (sem partido) -, agora o candidato a governador pelo PRTB, deputado estadual Capitão Contar, acaba de cair nas graças do Clube de Tiro Golden Boar, de Maracaju (MS), que, no último dia 14 de outubro deste ano, foi alvo da “Operação Ópla”, desencadeada pela Polícia Federal para investigar a comercializar armas ilegais usadas inclusive para assaltos a bancos.

Segundo o site Campo Grande News, o Clube de Tiro Golden Boar, que segue trabalhando normalmente em Maracaju e não só para os alunos armamentistas, obviamente inclinados a apoiar Jair Bolsonaro (PL), mas também pela eleição de Capitão Contar (PRTB). A página do estabelecimento no Instagram, com pouco mais de dois mil seguidores, não esconde a preferência e, há três dias, compartilhou vídeo do Capitão Contar justificando a decisão de não ir a debates e, ontem (20), voltou a postar uma outra entrevista do militar da reserva.

O Golden Boar pertence ao empresário Rodrigo Donovan de Andrade, que, conforme a PF, é suspeito de comercializar armas ilegais, usadas inclusive em assaltos a bancos. De acordo com a investigação, o sul-mato-grossense também esteve em “empreitada criminosa ocorrida no Estado de Sergipe”, além de ser suspeito de integrar organização criminosa “com atuação nos Estados de Alagoas e Bahia” e ter registros de seu envolvimento no comércio de armas para assaltos a bancos na cidade de Ribeirãozinho, no Mato Grosso.

O Clube do Tiro Golden Boar, de propriedade do “cidadão de bem”, foi alvo, no dia 14 de outubro, de um pente-fino realizado pelos policiais federais em cumprimento a mandado de busca e apreensão determinado pela Justiça Federal. Entre os anos de 2011 e 2012, Rodrigo Donovan de Andrade foi indiciado por lesão corporal, furto tentado e associação criminosa, além de posse e comércio ilegal de arma de fogo.

Antes disso, entretanto, aqui em Campo Grande, no ano de 2007, em outra ação da Polícia Federal, ele foi preso por manter comércio ilegal de arma de fogo e chegou a ser denunciado pelo crime. Na ocasião, o “cidadão de bem” alegou que trabalhava junto com seu pai, na empresa Tiro Certo, na manutenção de armamentos, mas, nem ele e nem o pai eram credenciados para o serviço.

Para a PF, Rodrigo Donovan de Andrade é, “pelo que se desenha até o momento, a pessoa quem de fato administra e é responsável pelo comércio de armas/munições que transitam, apesar de estar usando nomes de familiares e terceiros prováveis testa de ferro”, além de envolvimento com “sequestros de pessoas como reféns, furto/roubo a Instituições bancárias, crime ambiental, além de casos de violência doméstica”.

A suspeita de que Rodrigo Donovan de Andrade use laranjas na compra de armas é decorrente de que uma delas, o fuzil Carabina IMBEL estava com nota fiscal em nome da irmã do suspeito. O inquérito corre na 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Além de apoiar o Capitão Contar, a página do Clube do Tiro Golden Boar também é simpatizante do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), e do deputado federal eleito Marcos Pollon (PL).