Campo Grande já tem oito bairros classificados como área de risco de dengue e 38 em alerta

Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado neste mês de maio pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) detectou oito bairros de Campo Grande com altos riscos de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e outros 38 em situação de alerta.

Conforme o levantamento, as áreas mais críticas são as da USF Iracy Coelho, UBS Coophavilla e UBS 26 de Agosto, ambas com Índice de Infestação Predial (IPP) superior a 5%. As outras áreas são da UBSF Vida Nova, Aero Rancho, Silva Regina e Bota Fogo, sendo que o índice é considerado crítico quando ultrapassa 3,9%.

Outros 38 bairros estão em situação de alerta, com índice de 1 a 3,9%, e 66 apresentam índices satisfatórios, abaixo de 1%. São eles: UBSF Arnaldo Estevão Figueiredo, José Abrão, Vila Nasser, Vila Carvalho, Tiradentes, São Francisco, Universitário, Jd. Antarctica, Itamaracá, Batistão, Cohab, Bonança, entre outros.

De acordo com a Sesau, os índices acendem um alerta sobre a importância da conscientização e engajamento ainda maior da população, uma vez que 80% dos focos são encontrados dentro das residências.

A maioria dos focos do mosquito está dentro das casas, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo do quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal.

Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha.

As ações de combate à proliferação do mosquito estão sendo intensificadas nos bairros com maiores índices de infestação e dentro da rotina nas demais regiões.

O maior número de focos é encontrado em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros. O trabalho de combate ao Aedes aegypti é constante.

Diariamente as nossas equipes estão empenhadas nas ações de rotina e mutirões com o objetivo de reduzir os índices de proliferação e, consequentemente, de notificações das doenças transmitidas pelo mosquito, que, além da dengue, também é o transmissor da zika e chikungunya.

No fim do ano passado, o município iniciou mais uma edição da campanha Mosquito Zero, que se estendeu até o mês de março deste ano. Pouco mais de cinco meses, aproximadamente 55,3 mil imóveis foram inspecionados nas sete regiões urbanas durante a campanha.

Cerca de 300 agentes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/Sesau) estiveram mobilizados nas ações. Ao todo foram 39 mil depósitos e 2,6 mil focos localizados e eliminados.