Campanha eleitoral esvazia sessões na Assembleia e na Câmara. E quem paga a conta é…você!

Faltando menos de um mês para as eleições gerais no País, torna-se cada vez mais raro a presença assídua dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa e dos vereadores candidatos na Câmara de Campo Grande. O cenário na Assembleia Legislativa fica cada vez mais desértico enquanto os deputados trabalham mais nas suas campanhas, que nos projetos, leis a serem votados em andamento, importantes para os sul-mato-grossenses.

A situação é mais complicada ainda porque o presidente da Casa de Leis, deputado estadual Junior Mochi, é candidato a governador e está dando quase nenhuma atenção às sessões ordinárias. Terças, quartas e quintas são os dias de trabalho, mas depois do início das eleições os expedientes foram reduzidos, e mesmo com a redução de dias, ainda faltam deputados para votar projetos, ou, em alguns casos, abrir uma sessão.

Em tese, quem falta a sessões sem justificar está sujeito a desconto salarial e até à perda do mandato. Isso ocorre quando o parlamentar falta a um terço das reuniões em plenário sem esclarecer os motivos de sua ausência. Mas na lista de algumas reuniões, 12 aparecem em um dia, abre a sessão, mas não possibilita a votação do projeto, ou 3 aparecem em outro dia e não chegam nem abrir a sessão, pois não é permitido. Mostrando que a tese é apenas uma tese.

 

Câmara de Vereadores

Na Câmara de Vereadores de Campo Grande, a situação não é diferente, onde, com o advento da campanha política e com 17 parlamentares disputando uma vaga na Assembleia Legislativa, diminuiu o interesse da grande maioria dos edis pelos assuntos que são discutidos no plenário da Casa de Leis. Fora às terças e quintas que alguns projetos são votados, na quarta-feira, fora uma representação do Legislativo fora do âmbito da câmara, apenas uns poucos gatos pingados participam ouvindo as falas dos colegas.

Outra observação que deve ser feita é o desinteresse de alguns pelo pronunciamento do outro e um dos fatores mais relevantes é o uso do celular, que não é exclusividade da Câmara de Vereadores, pois na Assembleia Legislativa também praticam bastante o uso do aparelho.

Na Câmara Municipal da Capital, está praticamente vivendo um “recesso branco” por causa da campanha política. Os parlamentares dividem entre ações do mandato e as atividades de campanha, todavia o que se vê, em alguns momentos, são as sessões plenárias esvaziadas. A exemplo da Assembleia Legislativa, o salário dos vereadores também pode ser descontado por faltas, mas, assim como lá, na Casa de Leis municipal ninguém vai fazer isso, afinal, o dinheiro sai do bolso do contribuinte.