Bancada cara! Deputados gastaram R$ 4,7 milhões com cota e verba de gabinete no 1º semestre  

Levantamento revela que os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul gastaram R$ 4,7 milhões com a cota parlamentar e verba de gabinete no primeiro semestre deste ano de 2023. A novata Camila Jara (PT-MS) lidera em gastos com custeio das despesas de mandato, enquanto Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) está no topo nos custos com assessores e Vander Loubet (PT-MS) encabeça no total.

Até o momento, os parlamentares gastaram R$ 1,444 milhão com a cota para o exercício da atividade parlamentar. Cada um tem R$ 46,3 mil para custear as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular. O valor mensal não utilizado fica acumulado ao longo do ano.

Foram usados R$ 526,6 mil com divulgação da atividade parlamentar, R$ 253,5 mil com passagens aéreas, R$ 240,1 mil com manutenção de escritório, R$ 233,3 mil com aluguel de veículos, R$ 148 mil com combustíveis, e R$ 42,3 mil com demais serviços.

Em seu primeiro mandato, Camila Jara lidera a lista com R$ 232 mil usados da cota parlamentar; seguida de Vander Loubet, R$ 230 mil, Geraldo Resende (PSDB-MS), R$ 228 mil, Beto Pereira (PSDB-MS), R$ 206 mil, e Luiz Ovando (PP-MS), com R$ 173 mil, fecha a lista dos cinco mais gastadores.

Além da cota parlamentar, cada deputado federal tem R$ 118.376,13 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.408,11 a R$ 16.640,22.

No total, a bancada torrou R$ 3,273 milhões com profissionais contratados. Dagoberto Nogueira supera os colegas com R$ 471 mil, seguido por Vander Loubet, R$ 464,6 mil, que utilizou um pouco mais que Beto Pereira, com R$ 464,2 mil. A maioria está na casa dos R$ 400 mil, com exceção de Dr. Luiz Ovando e Rodolfo Nogueira (PL-MS).

Ovando e Resende não utilizam apartamentos funcionais que a Câmara tem em Brasília. O bolsonarista é ressarcido em R$ 4,2 mil todo mês pelo pagamento de aluguel, enquanto o tucano recebe o mesmo valor em auxílio-moradia. Se o aluguel for maior do que o concedido do auxílio-moradia, o deputado pode pagar a diferença com verba da cota parlamentar

Ao todo, foram gastos R$ 50.969,37 pela bancada com auxílio-moradia em 2023. Marcos Pollon (PL-MS) e Rodolfo Nogueira precisaram usar o benefício em fevereiro e março. Os deputados também usaram R$ 21.114,07 de recursos em viagens oficiais.

O deputado tem direito a receber diárias quando viaja em missão oficial. Nas viagens nacionais, o valor é de R$ 524,00. Nas viagens internacionais, o valor da diária é de US$ 391,00 para países da América do Sul, e de US$ 428,00 para outros países. O salário atual de um deputado federal é de R$ 41.650,92.