Balanço mostra que de janeiro a março deste ano, MS já registrou 21.487 crimes. Furtos lideram!

Balanço da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) revela que de 1° de janeiro a 1° de abril deste ano já foram registrados 21.487 crimes em Mato Grosso do Sul
Os maiores números de registros policiais são por furto, violência doméstica e estelionato, mas ainda há crimes graves como 115 casos contra a vida, envolvendo homicídio doloso, feminicídio, latrocínio (roubo, seguido de morte) e lesão corporal dolosa seguia de morte.
Dos crimes contra a vida, há casos de grande repercussão e comoção. Os feminicídios principalmente, como o caso da servidora da prefeitura Albynna Freitas Ribas Luiz Gonçalves, de 49 anos, que morreu no mesmo em dia em que fazia aniversário.
Ela foi brutalmente assassinada pelo ex-marido no dia 28 de fevereiro no Bairro Nova Lima em Campo Grande. O homem foi preso em flagrante.
Ele a seguiu, quando ia para o trabalho em uma escola na região. Ele a atacou com vários golpes de faca. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a socorrer a vítima, mas ele teve uma parada cardiorrespiratória e faleceu.
Já os crimes de feminicídios reduziram se comparados com o mesmo período do ano passado. Em 2022, nos três primeiros meses, 11 mulheres perderam a vida pela condição de ser mulher. Já este ano, de janeiro a março 6 mulheres foram assassinadas.
Em 24 de janeiro, a venezuelana Celeste Josefina Gonzales Misael, de 23 anos, foi assassinada a facadas pelo namorado em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande. O crime também aconteceu na frente dos três filhos da jovem, com idades entre 4 e 7 anos.
Um vizinho relatou à polícia que Celeste estava morando na residência há cerca de cinco meses, com os três filhos e um outro homem, mas há dois meses ela teria rompido o namoro e há 1 mês estava morando com o autor do crime, em um relacionamento conturbado.
O crimes de homicídio em dados deram uma leve reduzida nesse primeiro trimestre de 2023 se comparado com 2022, porém em números ainda é um número considerado alto. Este ano foram 109 crimes de homicídio doloso e 179 tentativas, contra 116 crimes consumados no ano passado e 160 tentativas.
Campo Grande tem 31% desses casos, foram 34 homicídios, porém no interior e principalmente faixa de fronteira o crime ainda maior. Porque muitas vezes envolve o tráfico de drogas, já que por ser fronteira seca, o comércio de entorpecentes e transporte é grande.
Os crimes envolvendo rixas entre facções, principalmente PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), também contribui para que o alto número de crimes contra a vida em Mato Grosso do Sul.
No último dia 28 de março, o corpo de um homem foi encontrado em um terreno baldio no Jardim Imá em Campo Grande. A suspeita é que o cadáver tenha sido desovado no local e o crime ocorrido em outro lugar.
A princípio não havia ferimentos que indicasse faca ou tiro, porém ele tinha hematomas na cabeça, costas e tórax e estava seminu com os pés amarrados.
O crime de latrocínio, roubo seguido de morte, os números se igualam nos dois anos, sendo 3 casos no primeiro trimestre de 2022 e no mesmo período de 2023.
Um caso de bastante repercussão desse tipo de crime foi o que aconteceu com o professor Luciano Soares, de 41 anos, em Nova alvorada do Sul, a 115 km de Campo Grande. O crime aconteceu no dia 17 de janeiro. Sete pessoas envolvidas no crime foram presas, sendo um morador da própria cidade, dois de Campo Grande e 4 que vieram do Paraná para cometer o crime.
Ambos são crimes contra o patrimônio, porém o furto é um crime menos grave, pois não há violência. Há muitos casos de furto de veículos, quando o carro está estacionado e a pessoa só percebe ao chegar ao local e ver que não está mais lá. Já o roubo é exercido com violência ou ameaça, na maioria das vezes praticado por bandidos armados.
Crimes de estelionatos também deram uma leve reduzida, pelo menos nos casos que foram registrados. Em 2022 foram 3173 contra 2959 nos primeiros meses deste ano.
Os idoso ainda são a maioria das vítima, mas não são casos isolados. São vários tipos de golpe atualmente que qualquer pessoa desde a mais leiga até a mais instruída pode ser vítima. O negócio é se prevenir, buscar ajuda e pesquisar muito sobre qualquer envolvimento que seja feito.
A polícia sugere desconfiar sempre e de tudo, principalmente se há alguma oferta de algum produto abaixo do valor de mercado. Evitar clicar em links, conferir o nome do destinatário de algum pagamento. Se possível ligar para a pessoa, ou fazer a negociação pessoalmente.
Infelizmente ainda com números altíssimos a violência contra a mulher faz todo dia cerca de 56 vítimas em todo o Estado. O dado é baseado nos três primeiros meses deste ano, quando foram registradas 5070 mulheres vítimas de violência doméstica.
O que preocupa é o número que dificilmente reduz. Em fevereiro por exemplo, uma mulher de 36 anos, conseguiu se salvas das agressões e cárcere privado do marido em Ponta Porã, após conseguir escrever um bilhete pedindo socorro. O homem, de 37 anos, foi preso.
Grande problema do Estado, o tráfico de drogas está muitas vezes ligados ao demais crimes, principalmente relacionado com homicídio. Até o fim do mês de março foram registrados 889 boletins de ocorrência por tráfico de drogas no ano passado.
Este ano foram 961, inclusive, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu em fevereiro quase duas toneladas de cocaína escondida dentro de um caminhão. O motorista disse que receberia R$ 20 mil para levar a droga de Jardim a Campo Grande.
Esta foi a maior apreensão de cocaína da história da PRF, em 94 anos de existência da instituição. Conforme explicou a PRF, no estado de São Paulo, por exemplo, o cloridrato de cocaína é vendido por R$ 180 mil o quilo, com isso a carga foi avaliada em R$ 334,8 milhões. Com informações do site Midiamax