Bagunça na prefeitura da Capital agora chega ao tapa buraco com 3 empreiteiras sendo contestadas

A Prefeitura de Campo Grande, leia-se Marquito Trad, não poderia enfrentar momento pior para ter contestadas três empreiteiras que participam da licitação para assumir o serviço de manutenção de vias públicas, reconstituição de pavimento asfáltico e selagem de capa asfáltica com fornecimento de materiais nas regiões urbanas do Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo no Município.

Em pleno início do período de chuvas na Capital, o serviço de tapa-buracos vai, praticamente, parar, deixando as ruas da cidade intransitáveis novamente, apesar de muitas ainda estarem nessa situação. A forte chuva que caiu no fim de semana sobre Campo Grande já foi suficiente para fazer “brotar” na frágil camada asfáltica das ruas em diversos bairros os famigerados buracos e crateras.

Quando as coisas começavam a entrar nos eixos na questão de redução do número de buracos nas vias da cidade, eis que a Prefeitura de Campo Grande publica aviso sobre a entrada de recursos contra três das 21 empresas que disputam os contratos de tapa-buracos. A publicação está no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta segunda-feira (09) e os recursos administrativos interpostos são contra a habilitação das empresas Usimix Ltda., Engepar Engenharia e Participações Ltda. e CGR Engenharia EIRELI.

Segundo informações da assessoria da Prefeitura da Capital prestadas ao site CGRNews, quem entrou com recursos pedindo a impugnação das empresas teria sido uma outra empresa que também concorre à licitação. Após a publicação, as empreiteiras contestadas têm até cinco dias úteis para apresentação das contrarrazões. Dessas três empresas, a Engepar já presta o serviço por meio de convênios emergenciais com o município.

Com valor reduzido para R$ 43 milhões, a licitação para contratar o serviço começou no dia 18 de setembro e a análise das propostas não tem prazo para terminar. Com isso, não há previsão de quando o resultado será divulgado. A concorrência está dividida em sete lotes, sendo: Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo que representam cada uma das regiões urbanas de Campo Grande.

O atual contrato terminou domingo (08), portanto, a Prefeitura atua com equipes próprias até que a licitação vigente seja finalizada e as empresas ganhadoras contratadas. Lançado em 28 de abril, o edital 004/2017 previa gastos de até R$ 47.446.916,16. Contudo, em 30 de maio, o TCE suspendeu o procedimento após o IEAMA (Inspetoria de Engenharia, Arquitetura e Meio Ambiente), setor do próprio tribunal, apontar irregularidades. A concorrência foi liberada pelo Tribunal de Contas em 13 de julho, após ficar parada por 49 dias.

O resumo da ópera é que, mais uma vez, a população de Campo Grande vai pagar pelas ingerências da atual gestão e também da anterior na questão da manutenção das vias públicas da cidade. Mesmo com a ajuda do Governo do Estado, o atual prefeito não foi competente o bastante para zerar a situação caótica das ruas da Capital, que mais parecem queijos suíços. É bem verdade que a situação melhorou, porém, o gestor perdeu a ajuda de São Pedro, que segurou por mais tempo do que de costume o início das chuvas.

Agora, seja o que Deus quiser e que a temporada de visita às borracharias da cidade recomece para desespero dos motoristas.