A resposta é simples. Se os 1094 servidores resolverem aparecer para trabalhar não caberão no recinto.
Parece uma brincadeira mas é verdade e quem paga a contra somos nós.
Conforme relação postada no site www.transparencia.al.ms.gov.br, a Casa de Leis tem mais de mil contratados e cita nominalmente cada um. Na prática, os dados apontam que o Legislativo Sul-Mato-Grossense está inchado.
Numa conta simples, se dividir o montante pelos 24 nobres parlamentares daria 45,58 servidores para cada um.
Onde cabem tantos servidores no prédio da Assembleia Legislativa, já que cada gabinete tem em torno de 25 metros quadrados?
Essa superlotação – até maior que muitas celas do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande – não é vista por quem frequenta a Casa de Leis de Mato Grosso do Sul.
Será que, para evitar congestionamento, o presidente Junior Mochi, PMDB, limita o número de servidores presentes no dia a dia da Casa?
Claro que não. Fantasmas rondam o lugar há anos.
Mistério
A relação, porém, não identifica em quais setores ou gabinetes os servidores estão lotados e quais cargos que eles ocupam, o que impede uma conferência mais precisa sobre se eles estão ou não efetivamente trabalhando.
Além disso as catracas são liberadas, ou seja, ninguém bate ponto por lá.
O repasse do duodécimo deste ano para a Assembleia Legislativa é de R$ 126,6 milhões e, caso façamos a divisão desse montante por cada um dos 24 parlamentares, teremos anualmente R$ 5,2 milhões por deputado por ano.
É muito dinheiro para pouca produtividade.
É preciso passar isso a limpo.