Alexandre Moreira de Moraes, 23, protagonista de um assassinato no centro da cidade ontem que comoveu o campo-grandense pela forma e crueldade com que agiu. Ele matou a facadas um ajudante de pedreiro no cruzamento da avenida Mato Grosso com a rua dos Ferroviários, uma quadra da Ernesto Geisel, no Centro de Campo Grande.
Ele estava no grupo dos mais de 100 moradores de rua que, em 11 de abril, passaram por cadastramento em uma delegacia de Polícia Civil –dentro de ações que começaram a ser feitas na região central da Capital para identificar pessoas em situação de rua.
De volta às ruas, Moaraes matou Marcos Rodrigues de Souza, 34, que seguia para o trabalho de bicicleta com o pai. A vítima viu Moraes tentando assaltar uma adolescente e decidiu intervir. Ele foi esfaqueado no pescoço e não resistiu, enquanto o autor fugiu do local, sendo filmado por câmeras de segurança nas imediações.
Moraes foi preso nesta tarde no Jardim das Mansões –região dos Pioneiros, no sul da cidade– depois de ter andado pela cidade após o crime porque, conforme as autoridades, tinha a intenção de fugir. O acusado estava em uma casa que pertenceria a conhecidos.
Antes, pediu ajuda em uma casa de reabilitação, onde não havia informado sobre o crime. Porém, Moraes desistiu de buscar suporte no local porque a entidade contatou sua família.
Fichado – A localização do acusado contou com suporte aéreo da PM e também informações de populares. Além das imagens de câmeras de segurança, o cadastro de Moraes junto a Polícia Civil ajudou na sua identificação: ele integrou o grupo de 108 pessoas em situação de rua que, em abril, passou por atendimento em uma delegacia.
No processo, ele teve dados pessoais registrados, inclusive uma foto –que foi mostrada à adolescente, que confirmou a identidade do autor–, que batiam com o biotipo descrito e imagem capturada do acusado. O cadastramento de pessoas em situação de rua é alvo de apurações por parte da Defensoria Pública Estadual comandadas pela defensora Eni Maria, que é esposa de um PM.
Na ocasião, a Polícia Civil informou que foram abordadas 250 pessoas, das quais 108 apresentaram problemas de documentação, sendo necessária a sua condução na delegacia.
As informações foram cruzadas também com o histórico policial do acusado, que tinha passagens anteriores por furtos –já tendo sido preso pelo crime neste ano.
O primeiro-tenente Thiago Mônaco Marques, da PM, confirmou que o autor usou uma faca para cometer o crime –a informação foi dada pelo próprio Moraes que, ao chegar à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro se disse arrependido pelo crime. Contudo, ele não disse o motivo de ter cometido o assassinato. Ele permanecerá preso no local e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (8), sendo indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte).
“Esses marginais que se enveredam no mundo do crime tem de perceber que não vale a pena. A polícia está em cima, vai atrás, porque hoje tem todo esse aparato, tecnologia, para que o crime seja pago”, afirmou o tenente Mônaco. Com infos do CGNews….