Aqui não, Gaeco! Cantinas da Máxima, em Campo Grande, e do presídio de Dourados são intocáveis.

A população do Estado tem assistido essa semana operações do Gaeco – Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – ora dentro do presídio de Corumbá, ora na Agepen – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário – em Campo Grande, Dourados e Aquidauana.

Se na cidade fronteiriça com a Bolívia, os nobres e prestigiados promotores, dissecaram até o caixa da cantina onde encontraram drogas e dinheiro, por que em Campo Grande e Dourados o Gaeco não passou nem perto da muralha das unidades prisionais?

A resposta pode vir cheia de desculpas pelo MPE, mas nós temos duas apropriadas para fundamentar.

A primeira: porque nessas unidades a operação pode ter sido invertida, ou seja, os documentos, celulares e computadores apreendidos dentro da Agepen pode revelar o que estava acontecendo lá dentro.

A segunda: é que nessas duas unidades quem comanda a massa carcerária é o PCC – Primeiro Comando da Capital, uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.

Vai daí que o Gaeco, que já foi mais combativo ao PCC aqui no Estado e pela sua inércia deixou o enraizamento mais consistente do crime, hoje não tem envergadura para”peitar os manos”, ainda mais em tempos que cabeças estão rolando dentro das muralhas pelo País.

A olho nu pode parecer que a ação do MPE teria sido cirúrgica. Mas não foi. Nela tem de tudo um pouco.

Retaliação, vingança, dor de cotovelo, desestabilização política, entre outras, com um empurrãozinho do braço armado do Gaeco e em serviço de antigos diretores da Agepen que ainda continuam infiltrados no Governo.

Há cerca de seis meses o diretor presidente da Agepen, ora investigado, Airton Stropa, abriu auditoria para apurar denúncias de superfaturamento em processos no órgão tocado pelo ex-diretor que chegaria a quase R$ 20 milhões.

A quanto tempo mesmo tem a operação do Gaeco? Curiosamente, seis meses.

Seria uma “retaliação legalizada” de cobras engolindo cobras.

 

As perguntas que restam são?

Se esses esquemas existem há anos por que só agora o Gaeco resolver agir?

Todas as ações vão pegar o secretário de Segurança e o governador de “calças curtas”?

Qual seria o conteúdo das conversas de investigados com autoridades do primeiro, segundo e terceiro escalões?

Evidente que o Gaeco não recebe ordens do governador Reinaldo Azambuja, que, de férias, está vendo o barco pegar fogo. Por que o Governo não reage logo e dá uma satisfação própria à sociedade?

O Blog do Nélio vai revelar em breve essas ligações perigosas.

 

A CANTINA

Um dos advogados de uma das famílias que tem um ente querido preso na Máxima contou para o Blog do Nélio que é necessário fornecer constantemente, entre outras coisas, R$ 50,00 para o detento comprar sabonete, sabão e outros produtos de higiene.

De acordo com ele, o preso é condenado com trânsito em julgado e o Estado é responsável pela Constituição de manter a dignidade da pessoa humana, cuja a liberdade ele cerceou através de sentença.

Ele revela ainda que os presos tem que comprar espaço para poderem dormir, “isso é uma aberração, cadê esse Barbosinha, cadê esse Governo, em teoria o sistema estaria na mão deles, uma cantina gigantesca dentro do presídio e eles proíbem entrada de lente, pão, sanduíche e bolachas para que tudo seja comprado lá, eu só quero saber quem é o dono dessa cantina”.

Extraoficialmente dizem que só a cantina de Campo Grande fatura mais de R$ 150 mil reais por mês.

Nós também doutor, e já perguntamos para a assessoria de comunicação do Governo e a resposta para essa questão como outras que já interpelamos por lá foi: “Só sei que nada sei”!

Acorda governado Reinaldo Azambuja, tem raposa cuidando do seu galinheiro!!!!

Todo mundo finge que não vê!!!

Mas veremos.

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