Depois de conseguir que o Órgão Especial do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) adiasse o julgamento do mandado de segurança que pode confirmar ou anular a sua condenação de oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte, agora tem outro abacaxi para descascar.
Passados exatos 24 meses do confisco judicial fruto do desdobramento da Operação Pecúnia, uma das poucas realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em Mato Grosso do Sul em 2016, a mansão de Gilmar Olarte no residencial de luxo Damha II, nesta Capital, está apodrecendo devido à ação implacável do tempo.
Uma verdadeira casa mal assombrada e depósito de mosquitos são alguns dos adjetivos usados pelos moradores do luxuoso condomínio, que querem uma providência por parte da Justiça, já que as obras do imóvel estão paradas desde agosto de 2016 e o material utilizado na construção dão sinais claros de deterioração.
Mais uma vez o Blog do Nélio entrou nas obras da mansão inacabada na quadra 17, lote 13, no Parque Residencial Damha II, um lugar onde os ricos escolheram para morar. Nessa nova incursão ao Damha II, o local é a própria imagem de abandono, virando um criadouro de mosquito, colocando em risco a saúde dos moradores do residencial.
Com a morosidade da Justiça é bem provável que o local, que tem a suspeita de ter sido construído com dinheiro público, se torne uma montanha de entulho e que, em pouco tempo, não sirva para mais nada.
Quem não gostaria de morar em um luxuoso condomínio com direito a área verde, área de lazer enorme, vizinhos bacanas e com toda a segurança. É, esse sonho o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, e a sua esposa, Andreia Olarte, quase conseguiram realizar.
Só faltou um detalhe, explicar para as autoridades de onde vieram os mais de R$ 1,3 milhão investido na compra do terreno e início da construção do imóvel. A casa de dois pavimentos está localizada em uma esquina e, como a obra continua abandonada, tem muito material desperdiçado, colunas de concretos com ferros enferrujados e não há ninguém cuidando do local.
O que impressiona é o tamanho da mansão. O abandono incomoda a vizinhança que está reclamando que o local já é abrigo para bichos, mas o que intriga é de onde saiu o dinheiro para a construção? Coincidência que a edificação começou justamente no período em que Olarte e Andreia estiveram à frente da Prefeitura da Capital entre 2014 e 2015. Essa residência é uma das que estão contidas no procedimento do Gaeco.