A taxa de pessoas privadas de liberdade a cada 100 mil habitantes passou de 566,9 em 2018 para 741,7 em 2021, o que colocou Mato Grosso do Sul em 3º lugar entre os Estados com maior taxa de encarceramento do Brasil, superando a média nacional, que foi de 358,7.
Ao mesmo tempo em que o número de vagas cresceu 26,6%, o déficit dessas vagas aumentou em 57%. Os dados revelaram também uma variação negativa em relação às mortes violentas intencionais, pois as taxas por 100 mil habitantes passaram de 21,5 em 2018 e 20,7 em 2021. De forma mais clara, foram 590 mortes em 2018 e 589 em 2021.
De acordo com o Anuário, esses números não configuram uma tendência geral de redução de mortes violentas intencionais e é preciso identificar os públicos mais vulneráveis no Estado. Mato Grosso do Sul tem a primeira maior taxa de homicídio feminino, com 537 mortes de mulheres registradas em 2018 e 2021.
Em relação aos feminicídios, o Estado tem a segunda maior taxa, pois do total de mortes, 27,9% foram classificadas como crime de gênero. Também houve aumento de registros das chamadas em decorrência de violência doméstica, com 161,1%, as medidas protetivas de urgência distribuídas houve aumento de 26,4%.
Em relação aos indígenas, em um Estado que conta com a segunda maior população do país, a taxa de mortes em 2019 foi de 44,8 a cada 100 mil habitantes, isso é superior à taxa de homicídios que foi de 17,7 a cada 100 mil habitantes. Com informações do Correio do Estado