A polícia descartou hoje a versão sobre a queda do avião que matou seus quatro ocupantes no início da noite de terça-feira teria sido causada por animais. A aeronave tentou pousar por volta das 18h10 da noite e segundo testemunhas o avião fez duas aproximações e num dessas arremetidas acabou caindo. Agora a investigação está baseada na falta de visibilidade do piloto já que o avião não era equipado para vôos noturnos.
A informação é com base em relatos de trabalhadores rurais que estavam na fazenda no momento da queda, que aconteceu na Fazenda Barra Mansa, onde foram filmadas as duas versões da novela Pantanal.
Ainda conforme os Bombeiros, o avião foi encontrado destruído, com as rodas para cima e as quatro vítimas estavam queimadas devido a explosão após o acidente. No final da manhã desta quarta-feira (24), a informação era que os corpos já estavam no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana.
Além disso, a operação de resgate demorou cerca de nove horas e envolveu três militares e uma viatura, isso porque, o acesso difícil e as condições do terreno dificultaram o trabalho.
Diante dessa tragédia, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada e afirmou em nota que, o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), investigará o caso.
IRREGULARIDADES
O avião no qual estavam o piloto e mais três ocupantes tinha um longo histórico de irregularidades, conforme revelam investigações do setor de Operações Aéreas do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), departamento da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
O Cessna, conforme revela o site A Princezinha, de Aquidauana, á havia sido apreendido em 2019, durante a Operação Ícaro, na pista de pouso de Aquidauana. Na época, exames periciais teriam atestado que plaquetas de identificação estavam adulteradas e que o avião operava com certificado de aeronavegabilidade cancelado.
Depois de apreendido, o avião ficou sob os cuidados do DRACCO por três anos e foi devolvido ao piloto Marcelo Pantaneiro, como é conhecido, em 2022. O piloto e proprietário do avião é um dos mortos no acidente.
Cabe ressaltar que, de acordo com as informações iniciais da Agência Nacional de Aviação Civil(ANAC), o avião Cessna, prefixo PT-BAN, fabricada em 1958, não estava habilitada para fazer o serviço de táxi aéreo.
Com infos do Correio do Estado