Ação desastrosa de agentes da Polícia Federal ao invadir circo instalado na avenida que separa as cidades de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, gerou pânico e terror em crianças e adultos na fronteira.
Os policiais federais “invadiram”, na noite de domingo (27), o “Circo DI Sarah”, para prender Thales Novaes Chimenes, que seria sobrinho do traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que já está preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Ao verem a invasão e não saberem o que acontecia, as pessoas presentes, entre adultos e crianças, tentaram fugir do local, provocando um verdadeiro tumulto. Alheios ao local e ao público, os agentes federais decidiram cumprir o mandado de prisão emitido depois de uma briga ocorrida no interior de um bar situado na Avenida Brasil, em Ponta Porã (MS), na noite de domingo mesmo.
O procurado era Thales Novaes Gimenes, que teria dado uma surra em um dos policiais federais e encontrava-se no circo. Várias pessoas que se encontravam no circo relataram que viveram momentos de terror e o local ficou parecido a um campo de batalha com cadeiras quebradas espalhadas pelo chão.
O proprietário do circo, situado sobre a linha internacional que divide a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero com Ponta Porã no estado do Mato Grosso do Sul, terá que arcar com o enorme prejuízo causado. Moradores da fronteira ficaram indignados com a ação e de imediato repudiaram a ação considerada desastrosa da Polícia Federal e cobraram das autoridades da cidade um posicionamento sobre o caso.
Até o momento a assessoria de imprensa do órgão não emitiu nenhuma nota sobre a atuação policial que poderia ter sido organizada por profissionais da segurança pública a fim de que os policiais não percam o controle da situação.
As autoridades paraguaias solicitaram explicações ao cônsul brasileiro em Pedro Juan Caballero sobre a desastrosa operação Polícia em um local onde se encontravam vários cidadãos paraguaios com seus filhos e que a ação de alguns policiais despreparados não pode manchar o nome de uma respeitada instituição policial.