O candidato a prefeito da Capital, Marquinhos Trad, tem mais um imbróglio para explicar nessa reta final de campanha.
O fato de ser guindado aos quadros da Assembleia Legislativa pelas mãos de seu pai, NelsonTrad, ele não precisou explicar. Está claro. Nepotismo.
O fato de estudar na faculdade de Direito no Rio de Janeiro na década de 80, quando já era servidor da Assembleia, sem concurso, também está claro. Fantasma.
Mas agora diante da revelação de seus holerites, tanto da Assembleia, quanto da Câmara dos Vereadores, que mostram que ele acumulava os dois empregos, não tem nada claro.
Isso mostra que Marquinhos vem mentindo diante das câmeras nos debates e no programa eleitoral, dizendo que o Ministério Público investigou e arquivou.
O MP ainda vai ter que responder por seus atos de arquivar um caso latente, mas as provas são contundentes e não deixam dúvidas.
O Blog do Nélio teve acesso a dezenas de holerites que mostram a duplicidade de atividades de Marquinhos Trad. Está à disposição de quem quiser ver.
Os valores, em alguns deles, parecem até pequenos, mas se atualizados resultam em uma soma considerável de dinheiro público pago para uma figura que sempre esteve pendurada num carguinho e em outro, até virar deputado.
Agora, prestes a se aposentar, Marquinhos esconde esses fatos de seu currículo e de sua rede social. Por que?
Simples. O fato de não ter o menor pudor com o dinheiro público revela o quão será um administrador de uma cidade. Ou seja, uma duvidosa figura política à frente do administrativo pode ser um desastre para Campo Grande, ainda mais pelo seu passado político de aliados corruptos e atos duvidosos.
E hoje vem à tona ainda mais um caso explícito de desrespeito ao trato público proporcionado pela própria irmã de Marquinhos.
Fátima Trad Martins, advogada que conseguiu aposentadoria de R$ 13,6 mil no Poder Público, sem nunca ter prestado concurso, revela o “modus operandi” da família.
Fátima é filha de Nelson Trad, político de extenso currículo e de grande oratória que morreu em 2011. Advogada, ganhou do pai um cargo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em 1983, assim como Marquinhos Trad, que ganhou o cargo em 2006. Ela foi efetivada três anos depois e por lá se manteve até 2015, quando se aposentou com proventos integrais.
Já Marquinhos foi efetivado depois da Constituição de 1988, ou seja, infringindo a lei que proibia efetivação com menos de cinco anos de atividade no trabalho.
O marido de Fátima, Leandro Mazina Martins, que foi secretário de Saúde na gestão de seu cunhado, Nelson Trad, na prefeitura de Campo Grande, continua no quadro de funcionários da casa como médico, e sem concurso.
Ou seja, uma vergonha total!
Para continuar com essas maracutaias, no gabinete do vereador Otávio Trad, filho de Fátima, está empregado o genro de Marquinhos Trad, Murilo Barbosa Alves Vieira, que é assessor legislativo na Câmara Municipal.
Fátima foi efetivada sem concurso em 1º de junho de 1986. Mesmo ano que Marquinhos entrou no Legislativo. Sua aposentadoria ocorreu em 2015, por meio do PAI (Programa de Aposentadoria Incentivada). A aposentadoria mensal chega a R$ 13.697,18.
Durante os anos em que esteve lotada, a advogada prestou serviço nos gabinetes dos então deputados Waldir Neves, Londres Machado e Armando Anache.
Pelo visto, os Trad consideram “normal” usufruir do serviço público, e, em consequência disso, receber o farto dinheiro público.
Até quando, senhores?