O Ministério Público do Paraguai selecionou dois procuradores para investigar os privilégios concedidos aos presos na Penitenciária Tacumbú, onde estavam presos em celas luxuosas o narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, suposto mandante da execução do mafioso Jorge Rafaat Toumani, e o matador confesso do crime, o ex-militar brasileiro Sérgio Lima dos Santos.
Os procuradores indicados pelo MP do Paraguai são Igor Cáceres e Pamela Perez, ambos da Unidade Especializada de Combate a Crimes Econômicos, do Setor 1 (Assunção). Eles foram selecionados pelo procurador-geral do Estado, Javier Diaz Veron, para investigar os alegados privilégios de prisioneiros na prisão Tacumbú.
O MP recebeu duas queixas de privilégios concedidos aos prisioneiros, a maioria criminosos poderosos. A primeira tinha sido feita pelo ex-ministro da Justiça, Sheila Abed, em 2015 e, recentemente, reforçada pelo responsável por Gabinete do Ministro de Estado, Éver Martinez, depois da disseminação das imagens que mostram áreas “VIPs” dentro do complexo penitenciário.
A cela de luxo onde estava Pavão estava localizada na mesma direção da Penitenciária Nacional, expondo, desta forma, o poder que tinha o conhecido traficante de drogas. Embora a área “VIP” tivesse sido equipada há anos, apenas se tornou público após a saída de Carla Bacigalupo do Ministério da Justiça. Sergio Lima dos Santos, considerada o matador de Jorge Rafaat Toumani, até esta semana usufruía do quarto confortável deixado por Pavão e depois foi transferida para um pavilhão comum sob uma segurança reforçada.