Acusada de exploração sexual denunciada na polícia por ameaçar de morte menor envolvida em pedofilia

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Rosedélia Soares, acusada

O boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil no último dia 12 de abril confirma o que já estava no procedimento do Gaeco que investiga a exploração sexual de menores em Campo Grande que acabou culminando num escândalo que envolve políticos e empresários.

Na denúncia levada à polícia a comunicante que é mãe de uma menor envolvida na pedofilia relata que sua filha foi ameaçada por Josiane Soares Corrêa (Jô), filha de Rosedélia Alves Soares. As duas são acusadas de agenciar meninas para a exploração sexual.
Jô teria dito que se encontrasse a menor nos bairros Moreninhas iria “matá-la”. A raiva é em decorrência dos depoimentos das menores que acabou culminando na prisão das acusadas e abertura de procedimento pelo Gaeco, já denunciado à Justiça. De acordo com a mãe o medo da violência contra a filha é porque Jõ seria uma pessoa perigosa e temida nas Moreninhas.

A polícia está tratando o caso como “coação no curso de processo” (Artigo 344 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 344 – Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Exercício arbitrário das próprias razões.
A situação da ameaça as menores já havia sido registrada no depoimento ao Ministério Público. Em um dos trechos que está registrado na página 14 o seguinte trecho: A vítima ainda ressaltou pór ter revelado na Delegacia de Polícia, no curso do inquérito Policial 146/2015-DPECA que as denunciadas agenciavam programas sexuais com menores de idade, passou a receber ameaças de morte, de tal modo que, por mio de recado transmitido por outra menor, Jorsiane Soares Correia (vulgo “Jô”) mandou-lhe dizer que iria “bater na declarante até matar”.
Apesar de estarem proibidas de se aproximarem ou manter qualquer contato com as vítimas por decisão do juiz Marcelo Ivo, da 7ª Vara Criminal, a polícia investiga agora porque as acusadas não respeitam a decisão judicial e continuam ameaçando as menores que são vítimas e testemunhas, impedidas de deporem por uma decisão do desembargador Paschoal
Uma vez descumprida a ordem judicial elas poderão voltar para a cadeia. A medida cautelar para impedir que as mulheres se aproximem das meninas foi pedido pelo Ministério Público Estadual (MPE) e acatado pelo juiz do caso.

Zeca LopesEmpresário – Além das três mulheres, o empresário José Carlos Lopes, dono do frigorífico Terenos, também é acusado no processo, por suposta participação no esquema de prostituição.

O escândalo de exploração sexual em Campo Grande já levou à condenação outras quatro pessoas no ano passado. Em primeira instância foram condenados, o ex-vereador Alceu Bueno e ex-deputado estadual Sérgio Assis, o ex-vereador Robson Martins, neste caso por extorsão, e o empresário Luciano Pageu. Todos estão recorrendo das sentenças.

INQUÉRITO-GAECOBO-MENORES