Acuada pela opinião pública, prefeita “pede” e Câmara retira da pauta projeto de aumento salarial

A prefeita Adriane Lopes (PP) pode ter demonstrado (ainda demonstra) muito dificuldade em administrar e colocar Campo Grande no eixo, mas ela é muito esperta e bem orientada quando o negócio é estratégia política.

Vendo que sua situação no gosto popular está em baixa e da repercussão negativa e alerta para o impacto financeiro nas contas públicas, ela pediu para retirar o projeto que previa reajuste nos seus subsídios, da vice, de secretário e dirigentes de autarquias.

A proposta prevê um impacto de R$ 90 milhões nos cofres públicos da cidade e estava em conformidade com à Câmara Municipal.

Pelo andar da carruagem das benesses estava prevista para ser votado hoje o projeto na Câmara Municipal. No entanto, o recuo já foi confirmado essa manhã pelo procurador da Casa, Gustavo Lazzari.

Capitaneado pelo presidente, vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB) que é entusiasta em atender o topo do funcionalismo, que tem 474 privilegiados que dependem da prefeita para também terem seus polpudos salários serem aumentados.

O recuo ocorre menos de uma semana após a confirmação do entendimento entre os dois Poderes, que definiria novos tetos salariais. A medida fixava o salário da prefeita em R$ 35.462,22 — valor inferior aos R$ 41.845,48 previstos anteriormente e suspensos por decisão judicial, mas ainda assim 67% superior ao atual vencimento de R$ 21,2 mil.

Com o recuo vai  permanecer em vigor a liminar obtida pela própria prefeita no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que suspende o reajuste anterior aprovado em 2023.

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