Abandonado no Paraguai, prisão de Ronaldinho completa 4 meses e promotores mantém silêncio

Nesta quinta-feira (2), o ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho e o irmão dele, Roberto Assis, completam quatro meses presos no Paraguai sob a acusação de falsificação de documentos do país vizinho.

Primeiro, a dupla passou 32 dias na Agrupación Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, capital do Paraguai, e, depois, em abril, os dois irmãos foram transferidos para prisão domiciliar no luxuoso Hotel Palmaroga.

A equipe de defesa segue aguardando o julgamento de um recurso que pede a liberação imediata, mas não existe prazo para a resposta da Justiça do Paraguai. O pedido de prisão preventiva é por até seis meses, portanto, faltam dois para o seu término e a expectativa dos advogados é por uma posição sobre o recurso nos próximos dias.

O que chama a atenção nas últimas semanas é o silêncio dos promotores de Justiça que cuidam do caso do ex-craque do Barcelona e da Seleção Brasileira. Em março e abril, as entrevistas eram dadas com frequência, o que não está acontecendo agora, mesmo com os pedidos feitos com insistência por parte da mídia brasileira e internacional, incluindo outros países da América do Sul e da Europa.

Os promotores de Justiça Osmar Legal e Marcelo Pecci disseram, nas entrevistas anteriores, que as investigações de uma suposta participação em crime de lavagem de dinheiro e a ligação com a empresária Dalia López, que segue foragida, estariam dificultando a liberação de Ronaldinho Gaúcho e do irmão Roberto Assis.

Agora, com o silêncio do Ministério Público do Paraguai, não se sabe muito bem se a linha de investigação segue a mesma. Já são quatro meses de prisão para Ronaldinho e Roberto Assis e de trabalho para os investigadores paraguaios, sem qualquer sinal de avanço na apuração.