Há menos de um mês do último pente-fino no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande, o Exército encontrou 382 armas brancas, 58 celulares e drogas. Isso mesmo caros leitores, os agentes penitenciários não conseguiam ver nada disso lá dentro, só os militares do Exército viram e apreenderam.
Em uma operação com sete horas de duração, foram apreendidos 313 punhais artesanais, 35 facas e 34 tesouras, bem como 69 carregadores para celular, 34 chips e 58 celulares. Os presidiários ainda tinham 143 fios elétricos de diversos tamanhos, recipientes contendo líquido inflamável, 243 acendedores de fogo, 602 gramas de maconha e 289 gramas de cocaína.
A falta de confiança da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública em relação aos agentes penitenciários já era grande, mas agora ficou ainda maior, pois, em menos de 30 dias, os presos conseguiram quase que triplicar a quantidade de materiais ilícitos dentro das celas.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, avaliou o pente-fino como uma ação discreta e sem nenhuma ocorrência. Anunciou que contará com o apoio do Exército no combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul. “É uma parceria importante”.
Mal sabe ele que basta os militares virarem as costas que tudo volta para dentro do presídio. O problema está do lado de fora e não lá dentro, pois, pelo que todos sabem, armas, drogas e celulares não brotam do chão, alguém entrou com isso, e não adianta colocar a culpa nas mulheres dos detentos.
Tem boi nessa linha, ou melhor, tem boiada.
Por que será que as revistas feitas pelos agentes penitenciários não detectam nada?
Com a resposta a Sejusp…