Aos poucos o lado obscuro da campanha para prefeito da Capital começa a ser desnudado para a população. Marquinhos rejeitou o apoio do irmão e ex-prefeito Nelsinho Trad, do ex-governador Andre Puccinelli e de outros caciques do PMDB, tanto que concorreu ao pleito por um partido nanico negociado nos bastidores, o PSD.
É claro que a verdade apareceria logo e hoje explicitamente veio à tona.
Ao longo desta quarta-feira (28/12), a Chácara do Lago será cenário para um verdadeiro “intensivão” ao novo secretariado de Marquinhos para administrar a cidade de Campo Grande.
A convite do prefeito diplomado Marquinhos Trad (PSD), o ex-governador André Puccinelli (PMDB), que comandou a Prefeitura de 1997 a 2005, vai dar “aula” de como “administrar” a cidade ao novo secretariado, que toma posse no próximo domingo (01/01).
Ora, André sempre foi reconhecido como truculento e ditador. Foi argolado em vários procedimentos da Polícia Federal, chegou a ir depor na superintendência.
Sua filha médica, Vanessa Puccinelli, também foi depois mais de uma vez para os delegados para explicar a origem de dinheiro e de uma grandiosa clínica construída em Campo Grande.
Puccinelli que está sendo acusado de ser mentor de vários esquemas de corrupação durante seu governo continua sendo investigado. Entre eles está a Máfia do Câncer, a Lama Asfáltica e a Coffee Break.
Seus assessores e fornecedores como Edson Giroto e Joâo Amorim que já foram presos acusados de desvio de verbas milionárias de obras do Estado.
Parece brincadeira, mas além de André Puccinelli, também já foram confirmadas as palestras de Juvêncio César da Fonseca (PMDB), que foi prefeito de 1986 a 1988 e de 1993 a 1997, e Nelsinho Trad (PTB), que ficou à frente do cargo de 2005 a 2009 e de 2009 a 2012. O prefeito diplomado ainda aguarda as presenças de Levy Dias (PTB), que governou a cidade de 1973 a 1977 e de 1980 a 1982, e do ex-governador Zeca do PT, ou seja, só gente com experiência na “arte” de governar.
Nelsinho, irmão de Marquinhos, também responde há vários procedimentos envolvendo problemas nas suas administração.
Inclusive ele e Puccinelli aparecem como denunciados no esquema que afastou o prefeito Alcides Bernal, PP, em março de 2014 do comando da administração da Capital.
A única ausência sentida nessa “aula” para lá de especial é do ex-prefeito Gilmar Olarte (PP), que, por força-maior, não poderá comparecer. Ele chegou a ficar preso preventivamente, mas foi solto com algumas restrições, como usar tornozeleiras eletrônicas, estar proibido de se ausentar da cidade e entregar o passaporte à Justiça. Eles também não podem fazer qualquer contato com os outros acusados.
Segundo informações da assessoria de Marquinhos Trad, a ideia do prefeito diplomado é aprender com a “experiência” dos ex-administradores da Capital. Só não informaram que tipo de “experiência” ele quer que os convidados repassem ao seu secretariado.
Pelo visto aula de como não fazer coisas na administração pública os convidados terão muito que ensinar, certeza.
O material didático foi fornecido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.
Poderiam também convidar o rico secretario Edson Giroto para dar uma palhinha, ou não?
Essa política Sul-mato-grossense dá nojo!